Placar normal que não agrada. Os últimos 10 jogos entre Flamengo e Botafogo foram marcados pela grande quantidade de empates. Ao todo foram 6. E neste domingo, no Engenhão, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro, às 16h00m, não foi diferente. Loco Abreu e Jael marcaram os gols que construíram o resultado de 1×1 nesta tarde.
Com este resultado, o Flamengo atingiu uma série de 9 jogos sem saber o que é vencer. Foram 5 derrotas e 4 empates. O Rubro-Negro manteve a 6ª posição na tabela, com os mesmos 37 pontos do Fluminense (5º). Já o Botafogo foi a 41 pontos, em 4º lugar, e viu os times à sua frente, que também brigam pelo título, distanciarem-se.
Na metade dessa semana, quarta-feira, o Flamengo vai a Minas Gerais, onde enfrenta o Atlético-MG, na Arena do Jacaré, às 21h50m. o alvinegro também jogará fora de casa, mas no dia seguinte, quinta-feira, às 20h30m, contra o Grêmio, no Olímpico.
O jogo:
Botafogo domina e sai na frente
O primeiro tempo do clássico carioca foi marcado por uma desigualdade entre os dois times. O Botafogo era superior e dominava. Do lado do Flamengo, quem tinha as melhores oportunidades era Thiago Neves, que finalizou duas vezes. As duas por cima do gol de Jefferson, levando perigo. Atrás, Felipe salvava.
Logo aos 5 minutos, os alvinegros chegaram pela primeira vez. Felipe Menezes, o substituto de Elkeson, cobrou bem uma falta da entrada da área e Felipe teve, pela primeira vez no confronto, que mostrar serviço. Outra grande defesa do arqueiro rubro-negro foi em bicicleta de Herrera. O atacante argentino finalizou da entrada da área e Felipe teve que se esticar para mandar para escanteio. O goleiro teve ótima atuação neste domingo e salvou seu time em diversas oportunidades.
No outro gol, Jefferson pouco trabalhava. Quando foi mais exigido cumpriu bem seu papel e mostrou o motivo de ser um goleiro de seleção. Ronaldinho cobrou falta no segundo pau, Welinton escorou de cabeça e Renato Abreu, livre, chutou forte no canto. O botafoguense defendeu sem dar rebote.
A zaga flamenguista levava notável desvantagem quando posta à prova. Welinton quase fez uma lambança e marcou contra. No ar, Loco Abreu era melhor e aos 26 minutos abriu o placar de cabeça. Lucas foi à linha de fundo e cruzou na medida para o atacante uruguaio anotar o seu.
O Flamengo errava passes, tinha uma defesa frágil envolvida pelos atacantes alvinegros e seus principais armadores de jogo eram neutralizados pelo esquema tático botafoguense. As chances de gol, raramente, surgiam e a derrota momentânea por apenas um gol de diferença era lucro.
Jael, o cruel
No intervalo, Vanderlei Luxemburgo, que estava na dúvida de qual atacante do elenco começaria como titular – já que Deivid é muito criticado pela torcida por perder gols fáceis – retirou o camisa 9 para entrada de Jael. O substituto precisou de 4 minutos para mostrar que merecia a titularidade. Recebeu na entrada da área, fez lindo drible sobre o zagueiro do Botafogo e chutou forte – sem chances para Jefferson.
Melhor na segunda metade e embalado pelo gol bem conseguido no início, o Flamengo – pouco depois – quase virou. Ronaldinho matou no peito e chutou rasteiro para defesa do goleiro do Botafogo e da Seleção.
A resposta do time de General Severiano veio mais tarde, aos 17. Felipe Menezes arriscou chute de longe e Felipe espalmou. No rebote, o mesmo jogador articulou boa jogada com Cortês, que também retornou da seleção canarinha, o qual cruzou para El Loco na marca do pênalti. O artilheiro alvinegro finalizou por cima do gol.
Com ritmo mais lento, as duas equipes pouco criavam e quase não se ameaçavam. Os lances perigosos eram poucos. No final, Fábio Ferreira desviou a bola de cabeça, após cobrança de falta de Renato. Felipe defendeu e a partida ficou por aí.
O Botafogo poderia ter matado o jogo no 1º tempo. Não o fez. No segundo, voltou mais recuado, com uma postura mais cautelosa e sofreu um gol no início para um Rubro-Negro mais equilibrado em relação à primeira etapa. O Flamengo mantém a série de jogos sem vencer. O Alvinegro se distancia dos líderes. Um empate que não agrada ninguém.
