O cargo de gerente de futebol do Atlético ficou vago, nesta terça-feira. Ricardo Drubscky, que exerceu a função por dois meses e meio, deixou o grupo profissional e reassumiu o comando das divisões de base do clube. Coordenador-geral do futebol amador do Galo, ele disse que voltará para dar continuidade ao projeto “Galo Forte na Base”, iniciado em janeiro de 2004.
Depois do árduo trabalho com o time profissional, na reta de chegada do Brasileiro deste ano, em que o time só obteve na última rodada a permanência na Série A, Ricardo Drubscky disse que ganhou mais motivação para voltar à base. O dirigente considera que o fato de o Atlético ter alcançado o objetivo de continuar na elite do futebol brasileiro lhe trouxe a sensação do dever cumprido.
“Voltei para a base hoje (terça-feira) com um sentimento muito especial, pois dei a minha contribuição ao profissional em um momento delicado como o que passamos. Agora, volto para o local onde me sinto mais motivado, porque há uma idéia sendo desenvolvida e esperamos colher bons frutos”, afirmou Drubscky, que chefiará a delegação na disputa da Copa São Paulo de Juniores, em janeiro de 2005.
“A Copa São Paulo é uma competição muito importante, mas teremos outros torneios como Copa Votorantim (sub-15), Copa Santiago (sub-17), Copa Alegreto (sub-14), que são as principais competições do Brasil, nas respectivas categorias. Esperamos ter uma participação boa, e firmar o nome do Atlético nessas competições”, acrescentou o coordenador-geral da base alvinegra.
Drubscky considera que, apesar de já ter trabalhado em outras equipes profissionais, aprendeu muito com o trabalho desenvolvido na reta final do Brasileiro. Ele acredita que, diante da dificuldade encontrada pelo Galo, ganhou mais maturidade para seguir no clube. “Todos que participaram desse período de trabalho saíram fortalecidos, pois foi uma experiência que amadureceu muito e trouxe motivação. Os últimos 15 jogos foram uma espécie de corredor da morte, e sair disso é um fator de engrandecimento”, afirmou.
Frutos
Segundo Drubscky, além de aumentar a identidade dos jogadores com o clube, a experiência no profissional do Galo trouxe mais um fruto positivo: a afirmação dos atletas formados nas divisões de base do clube, que viveram momentos de apreensão e conseguiram superá-los com boas atuações.
“Houve muita entrega dos profissionais e empenho de todos, para tirar o Atlético da posição que a gente estava. Apesar da campanha, tiramos coisas boas, como a afirmação dos atletas da base, como o Renato, o Quirino, Zé Antônio, o Diego, que mesmo não tenho oportunidade para jogar, está pronto para vestir a camisa 1 do Galo. O Rodrigo Dias será uma realidade no próximo ano, enquanto o Rafael Lopes, Marcelinho e Enrico têm condição de defender o clube. Isso é muito positivo”, observou.