O Vasco da Gama desperdiçou neste domingo uma grande oportunidade. O time foi a Minas Gerais enfrentar o lanterna América-MG – às 16h00m – e, além de sofrer uma goleada (4×1), perdeu a chance de assumir a liderança, em uma favorável 21ª rodada. Os adversários diretos na briga pelo título tropeçaram, com exceção do São Paulo, que tomou a 2ª posição do Gigante da Colina.
Os vitoriosos se mantiveram na última colocação, com 17 pontos, e irão a Porto Alegre na próxima quarta-feira para enfrentar o Internacional, às 16h00m, no Beira-Rio. Já o Vasco receberá o Coritiba em São Januário na quinta-feira, às 20h30m. No primeiro turno, no estádio Couto Pereira, os cariocas sofreram uma derrota ainda mais pesada que a de hoje.
O jogo:
Falhas defensivas permitem gols no 1º tempo
Bem diferente do tempo na Cidade Maravilhosa, a elevada temperatura e ar seco da Arena do Jacaré já pareciam indicar que o Vasco não teria uma de suas melhores tardes no Campeonato Brasileiro. Com apenas 5 minutos de jogo, os jogadores necessitavam de água para se hidratar.
Essa mesma água deixou a momentânea impressão de ter inspirado os vascaínos, que chegaram primeiro. Juninho deu preciso lançamento para Diego Souza, que – dentro da área – finalizou cruzado. A bola passou perto da trave esquerda de Neneca. Falha da defesa do Coelho, o qual atuou com um esquema de 3 zagueiros. Nenhum deles ficou na cobertura.
Assim como o adversário, a defesa vascaína não ficou para trás e errou também. Pela primeira vez Victor Ramos começou jogando, já que Dedé está defendendo a Seleção Brasileira. Em lançamento, André Dias – livre de qualquer marcação – tocou de sola na bola e, dentro da pequena área para abrir o placar.
Sem deixar os mineiros comemorarem muito, o Vasco deu a resposta imediata. Novamente, a dupla Diego Souza e Juninho funcionou. O camisa 10 sofreu falta na área e o árbitro Sandro Meira Ricci não assinalou a penalidade. Para felicidade do juiz, o Reizinho cobrou com perfeição, empatou o confronto e o erro de arbitragem não complicou o desenrolar da partida.
Mais uma vez parecia que o Vasco iria para cima e, mais uma vez, a impressão não se confirmou. No final do primeiro tempo, quando o empate parecia certo, Fagner mostrou que o maior erro do jogo, realmente, não foi do árbitro, mas sim o seu. O lateral-direito, que voltou de suspensão, fez pênalti grosseiro em André Dias. Esse não tinha como não assinalar. Na cobrança, Kempes converteu e garantiu um clima mais tranqüilo no vestiário dos donos da casa.
Cristóvão mexe, mas não modifica
No segundo tempo, o Vasco da Gama tinha que partir para cima e tentar a virada, buscando aproveitar o mau desempenho na rodada dos concorrentes diretos na briga pelo título. O América se fechou e apostou suas fichas nas jogadas de contra-ataque. O time marcava bem e os cariocas pouco criavam. Aos 13 minutos, a aposta mineira se confirmou como certa. O lateral Marcos Rocha recebeu belo passe de Kempes, nas costas da defesa cruzmaltina, e tocou por cima de Fernando Prass para marcar o 3º.
A desvantagem ainda maior no placar motivou o técnico Cristóvão Borges a mexer na equipe. Tentando dinamizar o meio-campo do Gigante da Colina, ele retirou os melhores jogadores de seu time que estavam em campo. Diego Souza saiu para entrada de Bernardo e Juninho deu lugar a Fellipe Bastos. As alterações de nada adiantaram. Pelo contrário. O Vasco passou a ser dominado pelo adversário que conseguia ficar com a bola e cadenciar o jogo.
Mal em campo, dos 40 minutos ao fim, os visitantes ainda teriam fortes emoções. André Dias anotou seu segundo gol na partida e deu números finais ao jogo: 4×1. O próprio quase marcou mais um. A bola sobrou dentro da área, mas ele, atrapalhado pela marcação, finalizou errado. Gilson e Amaral também estiveram próximos de aumentar a goleada. O primeiro parou em Fernando Prass e o outra na trave, após forte cobrança de falta.
Eder Luis, muito abaixo da última exibição, também acertou a trave, em um dos raros momentos de perigo do Gigante da Colina. Nada que mudasse a história do jogo. Aos gritos de “olé”, o Vasco perdeu em Minas e desperdiçou a chance de ser líder do Brasileirão.
