O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, embarcou nesta quinta-feira para Zurich, na Suíça. O dirigente começa nesta sexta-feira a cumprir sua agenda de trabalho como integrante do Comitê Executivo da Fifa, o que incluirá a participação na entrega do prêmio ao melhor jogador do ano no mundo, promovido pela Fifa, no dia 20 de dezembro. Antes da viagem, Ricardo Teixeira falou ao CBF NEWS.
O presidente CBF destacou a satisfação em ver o Campeonato Brasileiro chegar ao final cercado de sucesso e expectativa. Apenas na última rodada serão conhecidos o campeão e os clubes que serão rebaixados, o que demonstra o acerto da fórmula de disputa promovida pela CBF, de pontos corridos e em turno e returno.
-O Campeonato Brasileiro nesse formato veio para ficar, está consolidado. Não só pela fórmula dos pontos corridos, como pelo sistema de ida e volta, o que trouxe uma dose a mais de emoção para milhões de torcedores até a última rodada – disse.
Ricardo Teixeira ressaltou a seriedade com que a CBF promoveu o Campeonato Brasileiro, já em seu segundo ano no atual formato, com calendário previamente divulgado e o fiel cumprimento do regulamento, como um fator que contribuiu decisivamente para a competição ser bem-sucedida. O presidente lembrou que, pela primeira vez, não se mencionou a possibilidade de uma “virada de mesa”.
-Isso aconteceu porque ficou muito evidente, desde o início, que o clube que tivesse de cair, cairia. Assim como os clubes da Série B que conquistassem o direito de ascender à Série A, como o fizeram Brasiliense e Fortaleza, iriam subir. Fico satisfeito por mim e pela diretoria da CBF. Não se ouviu falar em nenhum momento em virada de mesa.
A adequação definitiva do Campeonato Brasileiro ao formato considerado ideal pelo presidente da CBF acontecerá na edição de 2006, quando haverá a participação de 20 clubes. Isso porque, no ano que vem, quatro continuarão a cair e dois subirão para a Série A.
Jogo da Paz no Haiti
O presidente Ricardo Teixeira enalteceu ainda a campanha da Seleção Brasileira em 2004, quando conquistou de maneira brilhante a Copa América.
O jogo da Paz no Haiti, realizado em 18 de agosto em Porto Príncipe, foi considerado pelo presidente da CBF como um momento marcante na história da Seleção Brasileira.
– Naquele dia ficou provada a força do futebol, a paixão que ele desperta nos povos, em todos os cantos do mundo. Assim como uma guerra na África foi interrompida para se assistir a uma partida do Santos de Pelé, a Seleção Brasileira conseguiu alguns momentos de trégua nos conflitos internos no Haiti – disse Ricardo Teixeira, destacando igualmente a firme trajetória do Brasil rumo à classificação para a Copa do Mundo de 2006 e a conquista da medalha de prata pela Seleção Brasileira Feminina na Olimpíada de Atenas.
Campeonato de Favelas
O presidente da CBF acenou no próximo ano com o alcance ainda mais abrangente do projeto social-esportivo promovido pela entidade: o Campeonato de Favelas do Estado do Rio de Janeiro. Ricardo Teixeira se disse recompensado em ver os resultados produzidos pela iniciativa da CBF, de reunir jovens e adolescentes de áreas carentes para a prática do futebol.
– Vi no domingo uma matéria na TV sobre o Campeonato de Favelas e fiquei impressionado com os aspectos positivos que traz para tantos jovens.
Brasiliense, o legítimo campeão da Série B
A brilhante campanha do Brasiliense, o campeão da Série B em 2004, mereceu as congratulações do presidente Ricardo Teixeira. Ele destacou outra vez o planejamento feito pela diretoria CBF para a realização da competição, disputada com toda a lisura, o que permitiu ao time de Brasília superar adversários de muito maior tradição para chegar com justiça à Série A em 2005.
– Estão de parabéns o Brasiliense e o Fortaleza. Conquistaram com méritos o direito de subir e certamente vão abrilhantar trabalho a Série A no ano que vem.
O Campeonato Brasileiro da Série B em 2004 que tanto interesse despertou no torcedor, com o estabelecimento de recordes de comparecimento de público, veio confirmar uma certeza, segundo o presidente da CBF.
– Isso mostra que o futebol brasileiro caminha para um grau de sucesso cada vez maior. Na minha opinião, inclusive, não existe Segunda Divisão. O que teremos agora é a Primeira Divisão forte, formada por clubes da Série A e da Série B.