O Atlético lutou muito, mas não conseguiu furar o bloqueio defensivo do Paysandu e ficou no empate sem gols com o adversário, neste sábado, no Estádio Ipatingão, em Ipatinga, no Vale do Aço, pelo Campeonato Brasileiro. O Alvinegro atacou durante os 90 minutos, só que pecou nas finalizações e acabou amargando um resultado que não estava nos planos, pois a prioridade era a vitória.
A exemplo da partida contra o Flamengo, a torcida compareceu ao Ipatingão – mesmo em número menor que o registrado no clássico diante do Rubro-Negro -, para apoiar o Galo contra o Paysandu. O técnico Procópio Cardoso, em seu retorno ao Atlético, mandou a campo um time com Alessandro na lateral direita e Zé Luís no meio-campo. O jovem Zé Antônio ficou como opção no banco de reservas.
O jogo foi truncado desde o início, com as defesas levando vantagem sobre os atacantes. Com pouco espaço para as manobras ofensivas, o Galo buscou o gol nas cobranças de falta. Em batida de Gaúcho, a bola quicou no gramado e assustou o goleiro Alexandre Fávaro. O Paysandu dava sinais de que sairia satisfeito com um empate, mas não deixou de ir à frente, mesmo que de forma mais discreta que o Alvinegro.
Em contragolpe, Leonardo invadiu a área e, quando se preparava para concluir a gol, foi desarmado por carrinho salvador do zagueiro Gaúcho, que voltava ao time atleticano. Nos instantes finais do primeiro tempo, Sandro cobrou falta e obrigou Danrlei a boa defesa, espalmando a escanteio. No último lance, após boa trama alvinegra, Rodrigo Fabri chutou para fora.
Os jogadores deixaram o gramado do Ipatingão com a sensação de que ficaram devendo uma apresentação melhor para os torcedores. “Nos movimentamos muito, mas criamos pouco. Precisamos fazer o gol logo”, afirmou o atacante Alex Mineiro, que não teve muitas oportunidades de deixar a marca, na primeira etapa.
O técnico Procópio Cardoso não esperou nem mesmo o intervalo para mexer na equipe. Ele alterou o time em duas posições, de uma só vez. Emerson deixou o campo para a entrada do armador Tucho, enquanto Zé Antônio ocupou a vaga de Renato. O objetivo era dar mais força ofensiva ao Galo, sem no entanto se descuidar da marcação pelo sistema defensivo. Zé Luís foi recuado para a função de primeiro volante.
A esperança de Procópio era que, com a entrada de Tucho e Zé Antônio, o Atlético ganharia poder ofensivo. O problema é que nem assim o time conseguia furar o bloqueio do adversário. Para piorar, a pontaria não estava afiada nos chutes de longe. Rodrigo Fabri tentou várias vezes, mas só levou perigo em uma delas, quando o goleiro Alexandre Fávaro escorregou e a bola passou à esquerda da meta.
A última cartada do treinador foi o jovem Marcelinho, que entrou no lugar de Alessandro. O problema foi o desespero que assolou o Atlético, pelo fato de o tempo passar e o time não conseguir balançar as redes. Gaúcho tentou novamente de longe, em cobrança de falta, mas o goleiro Alexandre Fávaro mostrou firmeza e catou, encerrando as esperanças de triunfo do Galo.
ATLÉTICO 0 X 0 PAYSANDU
Atlético
Danrlei; Alessandro (Marcelinho), Gaúcho, Adriano e Rubens Cardoso; Emerson (Tucho), Zé Luís, Renato (Zé Antônio) e Rodrigo Fabri; Alex Mineiro e Márcio Santos
Técnico: Procópio Cardoso
Paysandu
Paulo Musse; Lecheva, Júlio Santos (Cláudio), Alex Pinho e Alonso; Jairo, Sandro, Alexandre e Hernani; Leonardo (Balão) e Zé Augusto (Jairo)
Técnico: Wagner Benazzi
Local: Estádio Ipatingão, em Ipatinga
Árbitro: Wallace Nascimento Valente (ES)
Auxiliares: Alfonso Scarpati e Robson Guijansque
Público pagante: 16.356 (17.149 presentes)
Renda: R$ 76.474
Cartões amarelos: Emerson, Gaúcho, Adriano, Rodrigo Fabri, Márcio Santos, Hernani, Flávio Tanajura, Alex Pinho, Alexandre Pinho