Fluminense, um clube popular
[photo=time.jpg id=151 align=right]Quando Oscar Cox fundou o Fluminense Football Club em 21 de julho de 1902, numa sede localizada no número 51 da Rua Marquês de Abrantes, no Flamengo, não poderia imaginar que um clube marcado pela nobreza logo tomaria o gosto popular. Desde os seus primórdios, o Tricolor teve entre seus sócios e freqüentadores representantes das famílias mais tradicionais do Rio de Janeiro. Hoje, o clube está entre as 10 maiores torcidas do país. A sua bela sede das Laranjeiras, de aspecto europeu, contrasta com a paixão unicamente brasileira de seus torcedores.
Oscar Cox chegou da Suíça, em 1897, com a idéia de formar um time de futebol (o que só aconteceria quatro anos mais tarde), e ao mesmo tempo trouxe pela primeira vez para o Rio o esporte que seria o mais popular do Brasil dentro de pouco tempo. Desde a sua fundação, o Fluminense foi pioneiro das evoluções do futebol no Rio.
Em 1903, na estréia do grená, branco e verde como cores oficiais, em substituição ao branco e cinza, o Fluminense disputou a primeira partida no Rio de Janeiro com ingressos pagos. O agora Tricolor perdeu por 3 a 0 para o Paulistano com um público de 996 pessoas.
O Fluminense começou a se desprender totalmente da elitização a partir da primeira metade da década de 20, quando o futebol brasileiro finalmente penetrou nas camadas mais baixas da sociedade. O clube das Laranjeiras, nessa época, foi um dos pioneiros na luta pela profissionalização dos jogadores, deixando de restringir a prática do futebol aos associados dos clubes.
Mas foram as grandes conquistas nos gramados que alçaram o Fluminense a um dos clubes mais populares do Brasil. Ainda quando o futebol engatinhava, o Tricolor consolidava sua condição de elite, não social, mas esportiva, com o tetracampeonato estadual 1906-1909.
Nos anos que se seguiram, o Fluminense jamais deixou de ser um ícone do esporte brasileiro, não só no país, mas também no mundo. O Tricolor fascinou pela sua disciplina e recebeu do Comitê Olímpico Internacional, em 1949, a Taça Olímpica, pelos serviços prestados ao esporte.
Três anos mais tarde, em 1952, quando o Maracanã ainda chorava a perda da Copa do Mundo para o Uruguai, em 1950, o Fluminense fez o maior estádio do mundo voltar a sorrir conquistando ali a Copa Rio, primeira versão do Mundial Interclubes. Com Castilho, Píndaro, Bigode, Telê e Zezé Moreira no comando, o Tricolor fez crescer a auto-estima do povo carioca batendo Sporting, Grasshoppers, Peñarol, Austria Vienna e o Corinthians, na final, levando a taça.
Já consolidado como um dos maiores clubes do Brasil, o Fluminense continuava a encher de orgulho torcedores de todas as classes sociais com seus títulos e times memoráveis. No Rio de Janeiro, a hegemonia permanece desde a Máquina Tricolor de Rivelino, que conquistou o bi de 1975-76 até o time comandado por Abel Braga, que levantou o 30º Campeonato Estadual, em 2005.
Como tudo começou – Fluminense Football Club
O esporte mais adorado pelos brasileiros surgiu nas terras tupiniquins no início do século XIX, mais precisamente em São Paulo. O futebol foi apresentado por Charles Miller, que retornando da Inglaterra em 1894, trouxe consigo as bolas e o sonho de ver o futebol crescer no país.
Em 1901 o jovem Oscar Cox, que voltava da Suíça, onde estudou e aprendeu a gostar de futebol, inicia suas tentativas de formar um time no Rio de Janeiro. Nesta época foi fundado o Club Brasileiro de Cricket, que passou a ser chamado mais tarde de Payssandu Cricket Club.
Em 1 de agosto de 1901, o primeiro time formado por Oscar Cox e seus companheiros parte para Niterói para enfrentar um time formado por ingleses. Em 1910 os cariocas enfrentam os paulistas em São Paulo.
O Fluminense Football Club foi fundado por Oscar Cox e mais vinte membros, oito anos após Charles Miller introduzir o futebol no Brasil. Em 21 de julho de 1902, em reunião na Rua Marquês de Abrantes, 51 – residência de Horácio da Costa Santos, nascia o primeiro clube de futebol do Rio de Janeiro.
O nome Fluminense surgiu sem maiores debates, tendo sido a idéia inicial Rio Football Club. Mas João Ferreira já havia utilizado o nome na sede do Natação e Regatas. A palavra “fluminense" na época identificava os nascidos no Estado do Rio de Janeiro e no Distrito Federal, apesar de por lei haver distinção. Outra versão deriva do latim “flumem", que significa fluvial ou rio.
O primeiro jogo do Fluminense foi em 19 de outubro de 1902 contra o Rio Football Club, no campo do Payssandu. O resultado foi uma goleada do Fluminense por 8 a 0. Em 06 de setembro de 1903 estréia o Fluminense em jogos interestaduais no campo do Velódromo, em São Paulo. De três jogos, o Fluminense empatou um e venceu dois jogos.
O Fluminense surgiu como clube específico para futebol e promovia o esporte junto ao público. Foi através de iniciativas pioneiras do Fluminense, como a promoção de partidas beneficentes, que o público, sempre crescente, manifestava seu entusiasmo pelo futebol. Isto contribuiu para o surgimento de novos clubes na cidade como o América, o Bangu e o Botafogo, todos fundados em 1904.
Oscar Cox
Oscar Cox é o símbolo da aristocrática juventude de 1902. Seu nobre e inesquecível exemplo de perseverança tornou possível a existência da grande legenda chamada Fluminense.
Na histórica data de 21 de julho de 1902, no Rio de Janeiro era fundado o Fluminense Football Club. A reunião foi presidida por Manoel Rios e secretariada por Oscar Cox e Américo Couto. Por proposta de João Carlos de Mello e Virgílio Leite, Oscar Alfredo Cox foi aclamado primeiro presidente do clube, assumindo então os trabalhos e passando Manoel Rios para secretário.
Oscar Alfredo Cox nasceu no dia 20 de janeiro de 1880 e faleceu na França, em 6 de outubro de 1931, com 51 anos. Foi presidente do clube de 21 de julho de 1902 a 31 de dezembro de 1904.
Partiu para Londres, em 1910, definitivamente, tendo recebido no seu embarque uma mensagem de despedida, assinada por sócios do Fluminense. Essa mensagem foi encontrada em seus pertences após sua morte, com o seguinte texto escrito por Cox: “Cresswell. In case of my death, send to Mario Pollo, secretary of Fluminense F. C. Rio de Janeiro". Sua vontade foi atendida.
Filho de George Emmanuel Cox e Minervina Dutra, Cox teve seu corpo enviado para o Rio de Janeiro, sendo sepultado no cemitério de São João Baptista, Carneiro Perpétuo 2.068 – Quadra 38, no bairro de Botafogo em 21 de outubro de 1931.
Arnaldo Guinle, o patrono
Arnaldo Guinle promoveu grandes empreendimentos no clube e recebeu o mais alto reconhecimento, com o título de patrono, aprovado em 17 de julho de 1920, em Assembléia Geral.
Arnaldo foi o sócio de número 48, sendo admitido em 10 de outubro de 1902. Remido em 30 de maio de 1915 e benemérito a 4 de janeiro de 1916, assume a presidência do clube em 18 de abril do mesmo ano e permanece até 1930 devido à renúncia de Joaquim da Cunha Freire Sobrinho.
Arnaldo se destacou por ter construído o primeiro estádio do Brasil para grande público. Construiu a primeira piscina em clube de futebol do Brasil, o ginásio, o stand de tiro, o estádio de tênis, a mais bela sede de clube de futebol no Brasil, com instalação nobre de vitrais franceses e lustre de cristal, com pinturas de art noveau.
Também deu apoio incondicional ao futebol do clube, que vivenciou seu primeiro tricampeonato. Criou ainda o Conselho Deliberativo, o primeiro em clube esportivo no Brasil, e o Natal das crianças pobres.
[photo=treino.JPG id=151 align=left]Arnaldo foi um dos mais fortes participantes do movimento de implantação do profissionalismo no esporte carioca, em 1933. Quase no fim de sua gestão, o Fluminense recebe a visita do Príncipe de Gales, mais tarde, a do Rei Eduardo VIII e do Príncipe George.
A comissão de festejos do Ministério do Exterior incumbiu o Fluminense de organizar uma partida de futebol em homenagem aos ilustres visitantes. Sob o patrocínio do FFC enfrentaram-se em 6 de abril de 1931 os paulistas e cariocas (placar de 1 a 6).
Arnaldo Guinle retornou à presidência do clube no triênio 1943/45, quando desenvolveu as reuniões sociais, conseguindo que o quadro social atingisse a marca dos 7.834 associados.
Torcedores
O Fluminense Football Club possui torcedores ilustres e famosos, entre eles presidentes, artistas e personalidades. Sua torcida é conhecida por dar grandes espetáculos dentro e fora das Laranjeiras. O Fluminense ganhou em 1950, 1951 e 1952 a Competição de Torcidas, organizada pelo Jornal dos Sports.
O Tricolor tem diversos apelidos, e seu mascote, o Cartola, idealizado pelo caricaturista argentino Mollas, surgiu elegante, com sua imponente piteira, passando a imagem da aristocracia tricolor. O jargão “pó-de-arroz", conhecido pela torcida do Fluminense, popularizou-se por causa do jogador Carlos Alberto.
Em 1914, vindo do América para o Fluminense, ele teve receio dos aristocráticos tricolores devido à sua cor. No jogo realizado em 13 de maio de 1914, Carlos Alberto tentou disfarçar sua cor colocando pó de arroz no corpo. Durante o jogo, o suor que escorria de seu rosto deixou-o com um aspecto malhado e todos da arquibancada gritaram “pó de arroz". E foi assim que surgiu o apelido do clube.
Outros torcedores tornaram-se personalidades do clube devido ao seu amor e fidelidade ao time. Alguns deles se destacaram pela grande paixão ao Tricolor. Como Chico Guanabara, que estimulava o time berrando e reclamando com o juiz. O famoso Barriga, que, ganhando ou perdendo, bebia para comemorar ou chorar as mágoas, mas era respeitador e incapaz de falar palavras obscenas. Seu ídolo era Welfare. Batista, que tinha passe livre dentro do clube, era sargento da Marinha e intermediava os jogos do Fluminense com o Riachuelo Football Club. Todos esses ilustres torcedores fazem parte da histórica do Fluminense por tanta dedicação e amor.
Ídolos
O Fluminense Football Club tem em seu passado estrelas do esporte nacional. Jogadores que ajudaram a traçar uma história inesquecível, cheia de brilho, amor e raça. Desde o início de sua trajetória, o Tricolor teve atletas que respeitaram e honraram suas cores. Ainda que tenha tido em suas equipes ídolos inesquecíveis como João Coelho Netto (Preguinho), Marcos Carneiro de Mendonça, Batatais, Romeu, Tim, Hércules, Ademir Menezes, Castilho, Didi, Telê Santana, Gerson, Rivelino, Paulo César Caju, Edinho, Carlos Alberto Torres, Delei, Washington, Assis, Romerito, Waldo, Branco, Renato Gaúcho, entre outros, o Flu se caracteriza sobretudo por sua força como clube e sua tradição à camisa. Alguns dos esportistas que ajudaram a fazer a linda história repleta de vitórias e emoções do Fluminense:
Welfare – Henry Welfare, de origem inglesa, foi o artilheiro do primeiro tri-campeonato, com cinquenta e seis gols. Jogou pelo clube de 1913 a 1924. Fez 137 gols ao longo de sua carreira no Fluminense. Sua reconhecida categoria e habilidade o transformaram em um dos maiores ídolos do clube.
Marcos Carneiro de Mendonça – Com o mineiro de Cataguases, o Fluminense iniciou em 1914 sua tradição de formar grandes goleiros. Marcos tinha grande sentido de colocação, tranqüilidade, sangue frio e reflexos apurados. Foi o primeiro goleiro da história da Seleção Brasileira, que defendeu durante nove anos, a partir de 1914.
Preguinho – João Coelho Netto, o Preguinho, foi um atleta completo. Era atleta em oito modalidades pelo Fluminense: futebol, vôlei, basquete, pólo aquático, saltos ornamentais, natação, hóquei e atletismo. Preguinho entrou como jogador de futebol para a galeria dos grandes ídolos do Fluminense e do Brasil. Foi autor do primeiro gol do Brasil em uma Copa do Mundo, em jogo contra a Iugoslávia, no Uruguai, em 1930, um dos artilheiros do Fluminense, com 184 gols marcados e segundo cestinha de basquete. Ele sempre se recusou a receber dinheiro do clube, permanecendo como amador mesmo após a profissionalização do futebol. Jogou no clube de 1925 a 1934. Em 1925, depois de nadar os 600 m e ajudar o Fluminense a ser tri estadual de natação, foi de táxi às Laranjeiras a tempo de jogar contra o São Cristóvão e ganhar o Torneio Início. Trouxe para o Fluminense 387 medalhas e 55 títulos nas oito modalidades que praticava. Tais façanhas fizeram dele o mais festejado herói tricolor e, em 1952, o clube concedeu a ele o primeiro título de grande benemérito atleta, o que mais o orgulhou até a sua morte, em 1979. Um busto na sede do clube e o nome do ginásio são merecidas homenagens.
Tim – Paulista de Ribeirão Preto, Elba de Pádua Lima, foi um dos maiores dribladores do futebol brasileiro. Seu característico corte seco para os dois lados deixava os adversários sem ação. Sua colocação em campo o transformava em um terrível abridor de defesas.
Telê – Mineiro da cidade de Itabirito, Telê Santana da Silva foi um dos maiores ídolos da torcida tricolor nos anos 50 e ficou para sempre identificado como símbolo da raça tricolor. Habilidoso, ponta veloz e raçudo, sempre terminava as partidas com a camisa encharcada de suor. O apelido “Fio de Esperança" servia como luva para um atleta que não esmorecia nem nos momentos difíceis. Jogou no clube de 1951 a 1962.
Romeu – Nascido em Jundiaí, Romeu Pellicciari jogava futebol soltando a bola de primeira, com inteligência e passes longos para as pontas, depois aparecendo na área para recebê-la, causando estragos nas defesas adversárias. Ganhou o tricampeonato de 1936/1937/1938 e foi campeão novamente em 1940/1941.
Castilho – O carioca Carlos José Castilho passou a história do Fluminense como um goleiro milagroso. Chamado de “Leiteria" pelos adversários por sua sorte incrível, em pouco tempo virou “São Castilho" para os tricolores. Era também um goleiro de muita coragem. Quando o médico lhe disse que teria que passar dois meses afastado devido à quinta contusão no dedo mínimo esquerdo, Castilho optou pela amputação parcial para poder voltar a jogar em duas semanas. Sobressaíam em Castilho a habilidade para pegar pênaltis, o arrojo e a colocação. Foi o jogador que mais vezes vestiu a camisa do clube, jogando mais de setecentas partidas pelo Fluminense.
Pinheiro – Técnica eficaz, com muita raça e boas cabeçadas fizeram de João Carlos Batista Pinheiro um dos ídolos do Flu. Em 1951, Pinheiro foi o grande libero da defesa.
Didi – Waldyr Pereira, natural de Campos, foi o grande cérebro do título carioca de 1951. Fez história no Fluminense jogando com a cabeça sempre erguida e passes precisos. Criou a “folha-seca", chute em que a bola descreve várias curvas. É considerado o maior lançador de longa distância do futebol brasileiro. Jogou no clube de 1946 a 1963.
[photo=torcida.jpg id=151 align=right]Waldo – Waldo Machado da Silva, natural de Niterói, tornou-se sinônimo de gol para a torcida tricolor. Fazia gols de canela, com chutões desprovidos de dribles ou firulas. Sua genialidade residia justamente na capacidade de não perdê-los. Sua média no clube foi quase de um gol por partida. É o maior artilheiro do Fluminense, com 208 gols. Jogou pelo clube de 1954 a 1962.
Gerson – O Canhotinha de Ouro encantou a torcida com lançamentos precisos e a perfeição de seus passes e dribles. Gerson caracterizava-se pelos lançamentos em profundidade que fazia com sua perna esquerda. Natural de Niterói é tricolor de coração, escolheu o Flu para encerrar a carreira e o fez em grande estilo, levando o time ao título estadual de 1973.
Carlos Alberto Torres – Foi um dos maiores laterais direitos da história do futebol brasileiro, caracterizado pela personalidade, elegância e técnica em campo. Carioca, jogou pelo clube de 1963 a 1982.
Rivelino – Roberto Rivelino, nascido em São Paulo, veio do Corinthians para o Fluminense. Logo na estréia, Rivelino fez três gols contra seu ex-clube, no massacre de 4 a 1. Sua consagração veio com o bicampeonato de 1976. Seu futebol era de impressionar, driblava curto e com rapidez estonteante. Foi apelidado de Patada Atômica, durante a Copa de 1970, por seus potentes chutes de canhota. Excelente cobrador de faltas, marcou 53 gols nos 158 jogos que disputou pelo clube. Jogou de 1965 a 1979.
Edinho – Edino Nazareth Filho, natural do Rio de Janeiro, jogou pelo clube de 1973 a 1989. Desde cedo foi destaque nas seleções amadoras que disputaram o Pan-Americano. Zagueiro de preparo físico e técnica invejáveis, revelou-se nas divisões de base do clube. Surpreendia as defesas adversárias com suas arrancadas para o ataque, sua impulsão formidável, sendo um terror nas cabeçadas e nas bolas rasteiras. Também era excelente cobrador de faltas.
Assis – Benedito de Assis da Silva, paulista, jogou no Fluminense de 1983 a 1987. Conhecido como Carrasco, Assis formou com Washington o Casal 20. A dupla famosa no futebol do Rio de Janeiro levou o clube ao campeonato estadual de 1983. No ano seguinte, ao lado de outros craques, comandou o Fluminense na conquista de mais um Campeonato Estadual e o Brasileiro de 1984. A série de conquistas culminou com o tricampeonato estadual 83/84/85. Bastava tocar na bola para que se revelasse sua técnica apurada, seu futebol simples de drible fácil e seu incrível dom para o jogo aéreo. Durante muitos anos uma canção ecoaria no Maracanã lotado em dias de Fla-Flu: “Recordar é viver, Assis acabou com você".
Branco – Cláudio Ibraim Vaz Leal, gaúcho de Bagé, chegou ao Fluminense com dezenove anos. Formou com o ponta-esquerda Tato uma das mais entrosadas duplas da história do clube. Extremamente técnico, vigoroso e com muita personalidade, tinha como sua maior arma o chute forte e com efeito nas cobranças de falta a longa distância. Trouxe para o clube os títulos estaduais de 83 / 84 / 85 e brasileiro de 84.
Romerito – Júlio César Romero Isfran, nascido na cidade de Luque, no Paraguai, chegou ao Fluminense em 1984, em meio à disputa do Campeonato Brasileiro. Ainda assim, Romerito não precisou mais do que algumas rodadas para encontrar seu melhor posicionamento no time. Começava a mostrar então o que o seu futebol tinha de melhor: técnica, raça e um incansável espírito guerreiro que contagiava toda a equipe.
Renato Gaúcho – Menos de seis meses depois de sua chegada ao clube, transformou-se numa unanimidade para os tricolores, levando o Fluminense à conquista do Campeonato Estadual de 1995. Renato levou o Fluminense à vitória nas três partidas que participou contra o Flamengo, tendo marcado gols em todas elas. O último deles, o gol do título, feito de barriga aos 42 minutos do segundo tempo de um jogo em que ao Fluminense só interessava a vitória.
Os presidentes
1- Oscar Cox – Presidente fundador aos 22 anos (21/07/1902 a 1904)
2- Francis Walter (1904 a 1908)
3- Antônio Vaz Carvalho (1908 a 1910)
4- Antônio Cavalcante (1910 a 1912)
5- Carlos Guinle (1912)
6- Guilherme Guinle (23/12/1912 a 29/07/1913)
7- Felix Frias (11/09/1913 a 26/12/1913)
8- Carlos Guinle (26/12/1913 a 26/04/1914)
9- Cunha Freire (16/04/1914)
10- Arnaldo Guinle (1916 a 1931 e 1943 a 1945)
11- Oscar Costa (1931 a 1936)
12- Alaor Prata (1936 a 1940)
13- Marco Pólo (1940 a 1941)
14- Marcos Carneiro de Mendonça (1941 a 1943)
15- Manoel de Moraes Barros Netto (1946 a 1949)
16- Fábio Carneiro de Mendonça (1949 a 1952)
17- Antônio Leite (1953 a 1954)
18- Jorge Freitas (1955 a 1956)
19- Jorge Frias de Paula (1957 a 1962 e 1972 a 1974)
20- Nelson Vaz Moreira (1963 a 1965)
21- Luiz Murgel (1966 a 1968)
22- Francisco Laport (1969 a 1971)
23- Francisco Horta (1975 a 1977)
24- Silvio Vasconcellos (1978 a 1980)
25- Sylvio Kelly dos Santos (1981 a 1983)
26- Manoel Schwartz (1984 a 1986 e 1998)
27- Fábio Egypto (1987 a 1988)
28- Ângelo Chaves (1989 a 1992)
29- Arnaldo Santiago (1993 a 1995)
30- Gil Carneiro de Mendonça (1996)
31- Álvaro Barcelos (1977)
32- David Fischel ( 1999 a 2004)
33- Roberto Horcades Figueira (desde 2005)
Conquistas
:: Títulos Oficiais no futebol ::
O Fluminense Football Club tem em seu histórico de títulos oficiais um número exemplar de troféus e taças jamais ganhas por nenhum time brasileiro. Confira abaixo a lista de alguns campeonatos, onde a estrela do Flu brilhou sozinha no topo do podium.
:: Campeonatos Estaduais ::
1906 – 1907 – 1908 – 1909 – 1911 – 1917 – 1918 – 1919 – 1924 – 1936 – 1937 – 1938 – 1940 – 1941 – 1946 – 1951 – 1959 – 1964 – 1969 – 1971 – 1973 – 1975 – 1976 – 1980 – 1983 – 1984 – 1985 – 1995 – 2002 – 2005.
:: II Copa Rio – Mundial Interclubes ::
1952 (invicto)
:: Taça Guanabara ::
1966 – 1969 – 1971 – 1975 – 1983 – 1991 – 1993
:: Campeonato Brasileiro ::
1970 (Taça de Prata), 1984 e 1999 (série C)
:: Torneio Rio de Janeiro ::
1990
:: Torneio Rio / São Paulo ::
1957 – 1960
:: Copa Kirim – Japão ::
1987
:: Troféu Paris – França ::
1976 e 1987
:: Copa Kiev – Rússia ::
1989
:: Troféu Teresa Herrera – Espanha ::
1977
:: Taça Viña Del Mar – Chile ::
1976
:: Torneio de Seul ::
1984
:: Taça Olímpica ::
Em 1949 o Fluminense Football Club ganhou esse prêmio especial. O Flu é o único clube latino americano detentor desta taça, equivalente ao prêmio Nobel do esporte, instituído pelo Barão de Coubertin – criador dos Jogos Olímpicos.
Serviços prestados
O Fluminense Football Club sempre esteve à frente de projetos e eventos onde pôde exercer seu grande papel perante a sociedade carioca e brasileira, com serviços à comunidade e melhorias para a cidade.
Em 21 de janeiro de 1919, para socorrer a Confederação Brasileira de Desportos, que queria sediar o Campeonato Sul-Americano de Futebol, o Tricolor, em demonstração de força e prestígio, ergueu em tempo recorde o Estádio das Laranjeiras, com capacidade para 15 mil pessoas. Em 11 de maio de 1919, foi inaugurado oficialmente o Estádio do Fluminense, o primeiro do Brasil, com o jogo de abertura do Campeonato Sul-Americano entre Brasil e Chile (6 a 1).
O Fluminense arcou com todas as despesas da obra e da hospedagem das delegações. Por isso, mereceu mensagem do Conde de Ballet Latour, embaixador especial do Comitê Olímpico Internacional:
“Quanto ao Fluminense Football Club, podemos verdadeiramente dizer que prestou patriótico serviço, ocultando a responsabilidade financeira e técnica dos jogos em nome do governo e de várias associações atléticas do país e que firmou um novo e desinteressado marco no campo de serviço público, como instituição atlética particular".
Em 3 de outubro de 1922, foi criado o prêmio Emmanuel Coelho Netto, em memória do jogador Mano, artilheiro do tricampeonato carioca de 1917/18/19. Mano, que foi a primeira vítima da violência no futebol, faleceu em 30 de setembro de 1922, aos 24 anos, em conseqüência de contusão durante uma partida. Hoje seu nome está na galeria dos beneméritos, no primeiro post mortem da história do clube.
Outra tradição do clube são os eventos destinados aos funcionários e familiares. Tudo começou por idéia de D. Guilhermina Guinle, que transferia ao Fluminense a contribuição em brinquedos, com a condição do livre ingresso aos festejos realizados pelo Tricolor. Mais de seis mil crianças entraram no campo sem nenhum acidente. Entre brinquedos, doces, sorvetes e refrescos, o Fluminense proporcionava às crianças que iam ao seu estádio no dia de Natal um espetáculo circense completo.
O Natal da Criança Pobre foi mantido pelos sócios do Fluminense através de donativos ou brinquedos. Em 1961, o evento foi transformado, por sugestão de Paulo Coelho Netto e pelo presidente Jorge Frias, em Natal dos Funcionários. Essa grande festa já faz parte do calendário oficial do clube. Todos os anos, os funcionários do Fluminense são homenageados por toda a dedicação e paixão que dão ao Tricolor.
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