Ademir da Guia, o Divino

Ademir da Guia, o idolo divino [photo=P1010005.JPG id=79 align=left]Ademir da Guia nasceu no dia 3 de abril de 1942 na cidade do Rio de Janeiro. Filho de Erothides da Guia e do não menos ilustre Domingos Da Guia, « O Divino Mestre », igualmente um ídolo do clube paulista, ele é considerado como o melhor […]
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sambafoot_admin
Publicado em 26/10/2005 às 03h00

Ademir da Guia, o idolo divino

[photo=P1010005.JPG id=79 align=left]Ademir da Guia nasceu no dia 3 de abril de 1942 na cidade do Rio de Janeiro. Filho de Erothides da Guia e do não menos ilustre Domingos Da Guia, « O Divino Mestre », igualmente um ídolo do clube paulista, ele é considerado como o melhor jogador de todos os tempos do Palmeiras.

Jogando sempre como meia de jogo, ele começa sua carreira no Bangu-RJ em 1959. Já em 1960, no dia 31 de julho, ele conquista o Torneio de Nova Iorque que reunia 16 times, sendo eleito o melhor jogador e goleador da competição, na qual marca 5 gols em 5 partidas. Em 1961, antes de deixar lágrimas nos olhos de seus torcedores ao partir do clube, ele é considerado como o segundo melhor meia ofensivo da história do clube carioca, ficando somente atrás de Zizinho.

Comprado por 4 milhões de cruzeiros pelo Verdão, Ademir desembarca no Parque Antártica em agosto de 61. Durante os primeiros meses ele joga apenas com a equipe reserva, tendo que esperar o mês de dezembro para disputar sua primeira partida oficial ao lado de Zequinha e Chinesinho contra o Taubaté, da qual saem com uma vitória de 5-1. Seu sucesso continua… Ademir jogará 17 anos no Parque Antártica, atuando em 901 partidas e marcando 153 gols, o que lhe dará o título de terceiro melhor goleador da história do clube palmeirense, ficando atrás de Heitor Marcelino (284) e de César (180).

[photo=ademir.JPG id=79 align=right]Seu enorme talento é realmente reconhecido somente no ano de 1963, quando seu trabalho resulta na conquista do primeiro título de campeão do Estado de São Paulo, vitória esta que será seguida de quatro outros títulos (1966, 1972, 1974 e 1976). Tendo seu potencial reconhecido nacionalmente, ele é convocado para jogar na Seleção de Vicente Feola, estreiando no dia 2 de junho de 1965 contra a Bélgica, no Maracanã. No dia 7 de setembro do mesmo ano, o Palmeiras enfrenta o Celeste uruguaiano para a inauguração do Morumbi, onde o Verdão ganha de 3 a 0 diante 120.000 espectadores. Ademir jogará ainda 11 vezes na cores da Seleção, mas não conseguirá marcar um único gol com a camisa brasileira. Ele participa da Copa do Mundo de 1974 na Alemanha, sob o comando de Zagallo, jogando apenas a partida que atribuiu ao Brasil o terceiro lugar na Copa, dada sua derrota de 1 a 0 contra a Polônia. Seu último jogo com a Seleção ocorre no dia 6 de outubro de 1976, no Maracanã, onde ele substitui Rivellino jogando contra o Flamengo.

Em 1964 Ademir ganha cada vez mais importância no Palmeiras e é com Dudu que ele forma a dupla com o dinamismo suficiente para enfrentar o Santos de Pelé. Em 1972 o jornal Placar o atribui o prêmio « Bola de Prata », que finalmente vem pra recompensar seus esforços. Três anos mais tarde, o meia de jogo é vítima de um problema de saúde durante um jogo amistoso disputado em Manaus, onde ele sofre uma crise respiratória que deixará marcas no resto de sua carreira. Em 1976 Ademir recebe propostas do Corinthians, do Guarani e do clube mexicano de Monterrey, mas prefere ficar no Verdão por mais um ano. Será durante o seu 216º clássico, contra o Corinthians, no dia 18 de setembro de 1977, que ele se sente mal novamente e sai no final do primeiro tempo. Ademir da Guia não voltará mais a jogar como profissional.

Sua última participação em campo se dá em 1984, quando ele joga durante 36 minutos em um amistoso disputado entre os amigos do Palmeiras e uma equipe paulista organizada por Roberto Rivellino, em Canindé. Dois anos mais tarde, uma estátua dedicada a ele é construída na sede do Palmeiras.

Ademir é, atualmente, um fiel torcedor do Palmeiras e visita frequentemente o estádio em companhia de seu ex-colega Dudu, levando alegria e motivação à nova geração do clube, à equipe que faz o presente e que vai certamente trazer muitas glórias para o futuro.

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