Palmeiras: origem italiana, sucesso brasileiro

Palmeiras: Origem italiana, sucesso brasileiro [photo=stade.jpg id=71 align=right]Diretamente da Europa, mais precisamente da Itália, desembarcam no Brasil esquadras de Torino e Pro-Vercelli, trazendo um grupo de imigrantes no qual muitos eram apaixonados por um esporte que encantava o mundo: o futebol. Esses homens denominados italianos encantavam multidões com suas exibições com a bola de couro […]
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sambafoot_admin
Publicado em 24/10/2005 às 03h00

Palmeiras: Origem italiana, sucesso brasileiro

[photo=stade.jpg id=71 align=right]Diretamente da Europa, mais precisamente da Itália, desembarcam no Brasil esquadras de Torino e Pro-Vercelli, trazendo um grupo de imigrantes no qual muitos eram apaixonados por um esporte que encantava o mundo: o futebol. Esses homens denominados italianos encantavam multidões com suas exibições com a bola de couro costurada, causando inveja aos jogadores ingleses que já praticavam o esporte no Brasil e até possuíam clubes. Na vontade de reunir os imigrantes italianos e o amor pelo esporte, em 1914, os italianos Luigi Cervo, Vincenzo Ragogneti, Ezequiel Simone e Luigi Emanuele Marzo fundaram a “Societá Esportiva Palestra Itália", nome dado pelo próprio Luigi Cervo, que já atuava pelo S. C. International aqui no Brasil. “Palestra" vem do gregro Palaistra que significa o local onde se faziam exercícios ginásticos.

De agosto de 1914 a janeiro de 1915, o Palestra organiza sua primeira apresentação para a cidade e a colônia. Foi uma festa, um grande baile de comemoração, realizado no dia 9 de janeiro, um sábado, nos salões da Germânia (alugada por 300 mil réis). No entanto, a tão esperada estréia do time aconteceu em Votorantim, nas imediações de Sorocaba, na tarde do dia 24 de janeiro de 1915, contra o S. C. Savóia, na época considerado uma das melhores equipes do interior de São Paulo. Após dificuldades com passagens e compra de camisas e calções, o Palestra estréia com vitória.

Após um primeiro tempo sem gols, o Palestra volta disposto a vencer a partida, principalmente através das jogadas de Bianco, a estrela do time. Na metade do segundo tempo, em um pênalti cobrado pelo craque, sai o primeiro gol da história do Palestra e um pouco antes do encerramento da partida, em mais um pênalti a favor, Alegretti determina o placar final – S. C. Savóia 0 x 2 S. E. Palestra Itália.

Até 1916, o Palestra só joga amistosos, e com o apoio da A. A. Palmeiras, consegue se inscrever na Associação Paulista de Esportes Atléticos, que na época dirigia o futebol dos grandes clubes. A equipe estréia em um campeonato no dia 13 de maio, no campo da A. A. Palmeiras, denominado “Chácara Floresta", contra a A. A. Mackenzie College, empatando em 1 a 1. No ano seguinte, é realizado o primeiro jogo contra o S. C. Corinthians Paulista. Apesar de toda a tradição que os corintianos já acumulavam na época, o Palestra vence por 3 a 1. Dando sequência, ele consegue chegar às finais do campeonato jogando contra o Paulistano em uma partida tumultuada que acaba por marcar 1918 como o ano negro da história do clube.

Foi somente no dia 19 de dezembro de 1920, na famosa “Chácara Floresta", que o Palestra conquistou o seu primeiro título paulista, justamente contra o temido Paulistano, vencendo por 2 a 1. Um ano depois, a Societá Palestra Itália compra por 500 contos de réis uma parte do terreno que pertencia à companhia Antárctica Paulista para construir o seu campo, nomeando-o Palestra Itália. Entre os anos de 1932 e 1936, o clube vence o campeonato Paulista 4 vezes (1932, 1933, 1934 e 1936).

Vinte e oito anos após sua fundação, o Palestra mudará de nome. Em 20 de setembro de 1942, devido à pressões sofridas pelo governo brasileiro que estava em guerra contra os países do Eixo (incluindo a Itália) na II Guerra Mundial, o time passou a se chamar Sociedade Esportiva Palmeiras. O sucesso do novo nome veio cedo. Logo no primeiro ano, o Palmeiras se torna Campeão Brasileiro em uma disputa contra o São Paulo. Em 1951, o clube conquista o Primeiro Mundial Interclubes (Copa Rio), disputando o título com as melhores equipes do mundo e fazendo a final contra a tradicional Juventus de Turín, da Itália. Depois de ter protagonizado apaixonantes duelos contra o Santos de Pelé, na década de 60, o clube vence três campeonatos Paulistas e dois Brasileirões na década de 70. Foi então que passou a merecer o apelido de “Academia" pelo futebol técnico e bem jogado que caracterizava suas equipes. Como símbolo daquele time técnico, que jogava um futebol de classe, os palmeirenses elegeram Ademir da Guia como “O Divino". Vindo do Bangu, do Rio de Janeiro, Ademir da Guia chegou ao Palmeiras com 19 anos, tendo a responsabilidade de subistituir o então craque do time, Chinezinho, que acabara de ser negociado com a Fiorentina, da Itália.

[photo=piscine.jpg id=71 align=right]As glórias palmeirenses não se restringem apenas ao passado distante. Na década de 90, o time fecha uma parceria com a Parmalat e monta times praticamente imbatíveis. Alex, Edmundo, Evair, César Sampaio, Roberto Carlos, Rivaldo, Flávio Conceição, Djalminha e muitos outros, levaram o Palmeiras à grandes conquistas nesse período. O bi-Brasileiro em 93 e 94, os marcantes Paulistas de 93, 94 e 96, as inéditas Copa Mercosul e Copa do Brasil em 98 e a Libertadores em 99 que levou o time à disputa do Mundial contra o Manchester United.

Em 2000, o time fica com o vice-campeonato da Copa Libertadores após ser eliminado pelo Boca e pelo árbitro Ubaldo Aquino, que descaradamente prejudica a equipe do Palmeiras no jogo em ‘La Bombonera’. Neste mesmo ano, o time conquista a Copa dos Campeões com uma equipe totalmente modificada após o rompimento com a Parmalat. O ano de 2002 marcou o pior drama de todos os tempos do Palmeiras. O time foi rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro e foi aí que a torcida mostrou seu fanatismo, lotando o estádio e empurrando o time. O resultado não poderia ter sido outro: em 2003 o time faz de longe a melhor campanha da Série B, com o melhor ataque e a melhor defesa, o que o promove novamente para a Série A no ano seguinte.

A conquista do quarto lugar no Campeonato Brasileiro em 2004 abre, ao Verdão, as portas para a Copa Libertadores, da qual ele é eliminado logo nas oitavas de final em 2005. O fracasso no campeonato o leva a se separar de seu treinador Paulo Bonamigo, que é substituido por Emerson Leão, vindo diretamente do Japão. Desde então, o clube tem melhorado sua posição na classificação geral, e agora pode sonhar em terminar bem sua temporada, honrando, como nos velhos tempos, o sucesso brasileiro de sua origem italiana.



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Parque Antártica, o estádio do Verdão

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