Maracanã, o maior estádio do mundo

O maior estádio do mundo O maior, o mais legendário, o principal estádio da maior nação do futebol. Nenhum superlativo parece ser forte o suficiente para qualificar o Maracanã, o coração do Brasil, o maior estádio do mundo. [photo=Maracana1.jpg id=29 align=left]A história do Maracanã é, antes de tudo, a história da Copa do Mundo 1950. […]
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sambafoot_admin
Publicado em 28/11/2005 às 03h00

O maior estádio do mundo

O maior, o mais legendário, o principal estádio da maior nação do futebol. Nenhum superlativo parece ser forte o suficiente para qualificar o Maracanã, o coração do Brasil, o maior estádio do mundo.

[photo=Maracana1.jpg id=29 align=left]A história do Maracanã é, antes de tudo, a história da Copa do Mundo 1950. De fato, a competição, relançada por Jules Rimet em 1946 após uma parada total das atividades da FIFA durante a segunda Guerra Mundial, foi organizada naquele ano no Brasil, único país candidato ao evento, num mundo sanguinário. Naquela ocasião, o Estado brasileiro decidiu construir um estádio gigantesco, imaginado pelos arquitetos Raphaël Galvão e Pedro Paulo Bernardes Bastos, o maior estádio do mundo, e por muito tempo, considerado como sendo o estádio que supostamente poderia acolher 200.000 pessoas. Na realidade, sua capacidade máxima exata é desconhecida. O Brasil afirma ser mais de 200.000, o Guinness Book diz ser 180.000, outros apostam ser por volta de 155.000. A primeira pedra do estádio foi colocada no dia 02 de Agosto de 1948, quando o Maracanã viu o dia pela primeira vez. Já era tempo: cinco semanas antes do início da competição, a FIFA recebeu no estádio o doutor Ottorino Barassi, presidente da Federação italiana de futebol e antigo organizador do Mundial italiano de 1934, a fim de que tudo ficasse pronto, principalmente o estádio, dentro do tempo previsto.

No dia 16 de Junho de 1950, as seleções de jovens de São Paulo e do Rio de Janeiro se confrontaram no jogo inaugural, sendo que a vitória foi 3-1 para o São Paulo. Foi Didi quem marcou o primeiro gol da história do estádio do Rio, uma obra à maneira de Didi: uma falta direta. Ele deu um forte chute com a ponta do pé, impossível de se defender, a bola subiu muito alto e, em seguida, foi na direção do goleiro, que não pôde fazer nada. Neste dia, o estádio ainda estava em construção, assim como no dia da abertura do Mundial a tribuna da imprensa ainda não estava terminada e os sanitários eram insuficientes. Mas isso não importava. O essencial estava pronto, a maior parte do estádio estava terminada (o resto esperara quinze anos para finalizar), a competição já podia começar.

Devido à desorganização das seleções nacionais no pós-guerra, somente treze equipes foram qualificadas. A URSS recusou participar da competição por motivos políticos, e a equipe da França, convidada para substituir os soviéticos, se considerou ainda bastante frágil para re-enfrentar este tipo de prova. A Índia recusou igualmente o convite após a resposta negativa da FIFA ao seu pedido para que sua equipe jogasse de pés descalços. Apesar de tudo, ainda houve um ponto positivo: pela primeira vez a Inglaterra aceitou participar das eliminatórias da competição, ao mesmo tempo em que ela se integrava à FIFA. A Inglaterra teve, assim, uma participação presente no Brasil. A curiosidade da competição residiu na organização de quatro rodadas, seguidas de um mini-campeonato entre os quatro primeiros times. A primeira rodada compreendeu quatro times (Brasil, Iugoslávia, Suíça e México), assim como a segunda englobou mais quatro (Inglaterra, Espanha, Estados Unidos e Chile), sendo que a terceira compreendeu três times (Suécia, Paraguai e Itália) e a quarta, somente dois (Bolívia e Uruguai). O motivo dessa repartição foi simplesmente financeiro. O Brasil havia exigido que o máximo possível de cartazes atraentes invadisse o Maracanã.

Outros jogos se sucederam: no grupo 01, Brasil-México (4-0, dois gols de Ademir, um de Jair, um de Baltazar; 82.000 espectadores) e Brasil-Iugoslávia (2-0, gols de Ademir e Zizinho, na presença de 142.000 pessoas); e no grupo 2, Inglaterra-Chile (2-0, 30.000 espectadores), Espanha-Chile (2-0, 16.000 espectadores) e Espanha-Inglaterra (1-0, 74.000 espectadores). O Brasil, que obteve um resultado de 2-2 contra a Suíça (que foi uma verdadeira revelação) em São Paulo, foi classificado para os próximos jogos. O fervor popular atingiu seu ápice, o que fez com que o governo declarasse feriado nos dias em que o Brasil jogasse. O grupo final foi composto pelo Brasil, pela Espanha, Suécia e Uruguai (qualificado logo depois de seu único jogo da rodada, contra a Bolívia, com uma vitória de 8-0!). Não podemos nos esquecer da eliminação dos ingleses, que tiveram pela primeira vez seu orgulho ferido em plena competição internacional, por terem sido os inventores do futebol, e que se viram derrotados pelos Estados Unidos (1-0) e pela Espanha (1-0). Um outro país lembrado pela falta de notoriedade: a Itália, que foi derrotada pela Suécia.

A casa das lendas

A história do Maracanã não termina aqui, apesar de que os cinqüenta anos seguintes poderiam ter sido considerados apenas como um detalhe. No entanto, o estádio foi utilizado para os grandes jogos (na realidade, a maior parte dos jogos) dos três clubes de futebol mais importantes do Rio de Janeiro, domiciliados, no restante do tempo, no subúrbio: o Botafogo de Futebol e Regatas (principal residência: estádio Caio Martins, em Niterói, capacidade atual de 12.000 espectadores), o clube de Regatas Flamengo (principal residência: estádio José Bastos Padilha, na Gávea, capacidade atual de 8.000 espectadores), e o Fluminense Futebol Clube (principal residência: estádio das Laranjeiras, capacidade atual de 8.000 espectadores). Foi então aí que se disputaram os títulos dessas três equipes, principalmente os do campeonato do Estado do Rio, famoso e disputado, sendo que a vitória era quase sempre de um destes três clubes: do Botafogo (vencedor nove vezes) em 1957, 1961, 1962, 1967 e 1968, depois em 1989 após um período sem derrota, em 1990 e em 1997; do Flamengo (vencedor dez vezes) em 1953, 1954, 1955, 1963, 1965, 1972, 1974, 1978, 1979 (neste ano, aconteceram duas edições, e ambas foram ganhas pelo Flamengo), 1981, 1986, 1991, 1996, 1999, 2000, 2001, 2004; do Fluminense (vencedor quinze vezes) em 1951, 1959, 1964, 1969, 1971, 1973, 1975, 1976, 1980, 1983, 1984, 1985, 1995, 2002. Os títulos se acumulam, e ainda se acumularão no Maracanã. Mas, para ser completo, é preciso citar a Copa Guanabara, o campeonato do Brasil, a copa do Rio, a copa do Brasil, as competições continentais, etc. São inúmeras as competições, os títulos, os jogos alucinantes; que seria mesmo impossível citar todos.

Mas para se compreender melhor porque o Maracanã encarna o futebol brasileiro, é preciso também citar alguns nomes que viraram lendas no campo, tanto com a camisa de seus clubes, quanto com a do Brasil, jogando a maior parte das competições em casa (e às vezes, com as duas camisas): Barbosa, o goleiro infeliz da final de 1950, titular 35 vezes pela Seleção; Dida, o primeiro artilheiro do Maracanã, 244 gols em jogos oficiais pelo Flamengo em nove temporadas (segundo artilheiro do clube, ficando atrás somente de Zico), 420 na sua carreira, três vezes campeão do Rio, n° 10 no Flamengo, assim como na escalação da Seleção (antes que Pelé o tirasse de seu caminho), campeão do mundo em 1958. E depois Pelé, é claro, o Rei. Deus por todos os brasileiros, porém adversário dos clubes do Rio quando estes jogam contra sua equipe de Santos (São Paulo). No dia 05 de março de 1961, no Maracanã, Pelé marca o gol mais bonito da história do estádio (comemorado até hoje através da placa oferecida pelo jornalista Mário Filho): frente ao Fluminense, ele driblou sucessivamente seis defensores e ainda o goleiro, marcando o segundo gol do Santos (placar final: 3-1). Em 1969, Pelé marcou o milésimo gol de sua carreira. Conta-se, como uma brincadeira, que este gol já havia sido encomendado na véspera do campeonato, e que até mesmo os adversários já estavam informados sobre isso. Este momento inesquecível só poderia ter sido realizado em um único lugar do mundo, o Maracanã, diante de 125.000 pessoas, contra o Vasco da Gama (um dos clubes do Rio que viu se abrirem as portas do Maracanã) com o gol da vitória marcado por pênalti frente ao goleiro Andrade (o gol da vitória; placar final: 2-1 para o Santos).

Lembremos ainda de Vavá, atacante ao lado de Pelé na Seleção (e jogador do Vasco da Gama), campeão do mundo em 1958 e 1962. Nilton Santos, o lateral esquerdo do Botafogo de 1948 a 1964, ou seja, durante toda a sua carreira, ganhou quatro campeonatos no Rio e duas Copas do mundo (1958 e 1962). Zagallo, atacante do Flamengo (1951-1957) e depois do Botafogo (1958-1965), ganhou cinco campeonatos do Rio e duas vezes campeão do mundo. Há ainda o Amarildo, o ponta do Flamengo (1956-1962) e depois do Botafogo (1962-1963), antes de juntar-se à Itália: ele ganha o campeonato do Rio em 1961, com o titulo de artilheiro, e em 1962. Tivemos também, um pouco mais tarde, o veloz zagueiro Carlos Alberto, com suas idas e vindas entre o Rio (Fluminense de 1963 a 1965, Botafogo de 1971 a 1972, outra vez Fluminense de 1976 a 1977, Flamengo em 1977) e Santos (1965-1971 e 1972-1976), antes de seguir Pelé em uma aposentadoria de ouro nos Estados Unidos, tendo ganhado dois campeonatos do Rio (1964 e 1976) e o Mundial de 1970, entre outros campeonatos.

No Brasil, talento é o que não falta. Passemos a falar então das estrelas mais recentes, como Bebeto, atacante do Flamengo de 1984 a 1988, depois em 1996 após sua temporada na Espanha, vencedor do campeonato do Rio pelo Flamengo em 1986, melhor artilheiro em 1988 (e em 1989 pelo Vasco), vencedor da Copa do Mundo de 1994. E Romário, com quatro vitórias no campeonato do Rio, duas vezes pelo Flamengo, venerado no Brasil em grande parte graças à vitória no Mundial de 1994 (ocasião na qual foi nomeado o melhor jogador), insatisfeito com sua experiência na Europa e depois em Qatar, está ainda hoje, aos 38 anos, em atividade com o uniforme do Fluminense, tendo conseguido a artilharia recentemente pela 900ª vez de sua carreira em jogo oficial.

O Maracanazo

O Brasil confirmou sua posição de grande favorito já nos primeiros jogos do grupo da final. A Suécia foi eliminada no dia 09 de julho de 1950, perdendo por 7-1 (quatro gols de Ademir, dois de Chico e um de Maneca) e a Espanha, no dia 13 de julho, perdendo por 6-1 (dois gols de Ademir, dois de Chico, um de Jair e um de Zizinho). A multidão assistiu em massa a essas duas performances (139.000 e 153.000 espectadores), dizendo aos gritos, mais e mais numerosos, “O Brasil ha de gauhar!" (O Brasil vai ganhar!). No dia 16 de julho, o Brasil enfrentou o Uruguai, que até o momento tinha somente empatado contra a Espanha (2-2) e ganhado frente à Suécia (3-2). Na ocasião daquela verdadeira final em uma competição inesperada, os cariocas foram motivados por, oficialmente, 173.830 espectadores. Na realidade, por 200 a 220.000, ou seja, quase um décimo da população da cidade do Rio. O Brasil precisava somente de um empate para ser campeão do mundo. Ninguém acreditava no Uruguai, que foi completamente dominado no início do jogo, frente a um Brasil que partia na tentativa de marcar. Mas o Uruguai resistia. Ao retornar do vestiário, os canarinhos pareciam preocupados. Os jogadores não tinham o direito de perder. Os assobios se elevavam das tribunas por parte dos espectadores, já decepcionados, uma vez que, até então, o placar ainda não tinha mudado.

[photo=Maracana2.jpg id=29 align=right]No início do segundo tempo os torcedores se calaram. A tensão era grande. Mas, de repente, toda a incerteza foi subitamente eliminada e a alegria explodiu nas tribunas: aos 46 minutos, Friaça, ponta direita da Seleção, abriu o placar. O Maracanã inteiro se exultou e manifestou sua alegria: “O Brasil ha de gauhar!". Mas este gol surpresa não tranqüilizou o Brasil. Ao contrário, os canarinhos pareciam nervosos, enquanto que o Uruguai, que não tinha mais nada a perder, jogava o futebol que havia dominado o mundo nos anos 20. Aconteceu o que era notavelmente lógico: aos 65 minutos, o Uruguai empatou o jogo com um gol de Juan Schiaffino. O Brasil deveria, então, lutar pra conservar este resultado que lhe garantiria o troféu. A Seleção se encontrava em uma situação muito difícil, recuada em seu canto, quando, aos 79 minutos, Alcides Gigghia concretizou a dominação uruguaia marcando o gol da morte (afirma-se que muitas pessoas de vários países faleceram neste exato momento, vítimas de uma crise cardíaca, ao tomarem conhecimento deste gol). Estava terminado. Alguns minutos mais tarde, as tribunas se agitaram, a guerra estava declarada. O árbitro inglês, George Reader, apitou o final do jogo. Os jogadores brasileiros choraram no campo, a multidão explodiu de raiva. Jules Rimet teve que descer pessoalmente até o campo para entregar o troféu a Varela, o capitão uruguaio. A polícia interveio para proteger os jogadores das duas equipes e o árbitro, a fim de evitar um desastre. O treinador brasileiro, Flávio Costa, fugiu dos torcedores furiosos.

Na memória dos uruguaios, o jogo possuiu um nome glorioso: o Maracanazo. Na memória dos brasileiros, aquela catástrofe nacional foi considerada como uma morte sem precedentes, mesmo passado meio século e tendo cinco títulos mundiais conquistados mais tarde. Estranho final para o mundial de 1950 (enquanto no mesmo tempo acontecia o jogo entre a Suécia e a Espanha, no qual se viu os surpreendentes escandinavos se classificarem no terceiro lugar graças a uma vitória de 3-1). Moacir Barbosa, o goleiro brasileiro, vivera um calvário durante toda a sua vida: em 1963 a administração do estádio, que instalou traves redondas, lhe ofereceu com ironia os antigos gols, os mesmos que os da final… Para alguns o melhor goleiro da história do futebol brasileiro (mas com certeza vítima de sua condição de negro em um país mestiço, mas doente pelo racismo), Barbosa morreu em 2000 ainda odiado por uns e outros (como pelo dirigente da federação brasileira de futebol, que o expulsou em 1993 de um jogo da Seleção, no qual tinha sido convidado por um canal de televisão para ser o comentarista).

Fim do reinado?

O Maracanã já foi, por várias vezes, o palco de jogos muito importantes. Seus recordes de audiência foram sempre ascendentes: depois dos 173.830 espectadores (oficiais) no jogo Brasil-Uruguai de 1950, esta marca foi superada no dia 21 de março de 1954 no jogo Brasil-Paraguai, que contou com 183.513 espectadores. Na realidade, acredita-se que a audiência atingiu seu valor máximo em 1950 com o jogo Brasil-Uruguai, mesmo sendo impossível apresentar um número exato. É também o Maracanã o estádio que bateu todos os recordes de audiência para jogos entre clubes, de toda a história do futebol mundial. Este recorde foi confirmado em um jogo entre o Flamengo e o Fluminense em 1963, que contou com 177.656 espectadores pagantes. Existe uma piada que diz que o menor número de espectadores no Maracanã, vistos até então, foi de somente 148 pessoas, em um jogo entre o FC Bangu Tsunami (clube norte-americano de Mineápolis) e o Desportivo de Quito, na disputa pela Taça Libertadores (quer dizer, Copa Libertadores, nome oficialmente espanhol). O estádio foi batizado com o nome do jornalista esportivo Mário Filho, após sua morte em 1966. Fundador do Jornal dos Esportes, amigo dos jogadores (principalmente do Pelé), autor de livros sobre o futebol (O negro no futebol brasileiro, 1947; Viagem em torno de Pelé, 1964), criador de várias competições (entre elas o torneio Rio – São Paulo) e responsável pelo início da construção do grande estádio, dentro do qual alguns afirmam que ele deveria ter sido enterrado.

[photo=Maracana.jpg id=29 align=right]O coração do futebol brasileiro também foi palco de outros eventos importantes, a começar, com uma anedota, com o jogo de exibição dos Harlem Globe Trotters, os jogadores de basquete americanos, em 1952. Alguns anos mais tarde, um outro homem visita o Maracanã e se torna também uma de suas lendas: João Paulo II benze a multidão católica brasileira. No mesmo ano, o estádio festeja seus 30 anos com um jogo Brasil – URSS, e Frank Sinatra realiza um dos seus maiores concertos. Este não foi último evento deste gênero: o grupo americano Kiss, Sting, Tina Turner, Paul McCartney, Madonna, os Rolling Stones… As estrelas da música popular adoram a idéia de encontrar no Maracanã a adoração de um povo reunido. O futebol ficava quase em segundo plano. E nem falaremos do volleyball (Brasil – URSS em 1983).

O Maracanã é um monumento histórico sob todos os aspectos, sendo-o também no espírito de cada brasileiro. Ele é também considerado como um monumento histórico oficialmente, graças à classificação atribuída a ele pelo governo em 1998, o que impede, a priori, sua demolição. Aliás, os projetos existentes são de renovação e modernização, sendo que o principal motivo que acelera as renovações do estádio é a segurança. Em 1992, o desabamento de uma parte das grades de proteção causou um acidente com os torcedores que se apoiavam nas mesmas, sendo que três dentre eles vieram a morrer. Este grave acidente fez com que várias tribunas fossem desativadas, e que um estudo detalhado sobre a construção do monumento fosse iniciado. Tudo isso, e também as vibrações que o percorrem, é um sinal evidente de fadiga, o que muito preocupa os especialistas. É constatável que a estrutura do estádio, embasada em concreto, apresenta graves rachaduras devido, principalmente, à urina de milhares de espectadores um pouco apressados em um estádio no qual as instalações sanitárias são notadamente insuficientes desde o início. Em 2000, o estádio foi finalmente salvo por seu qüinquagésimo aniversário: a construção foi renovada e o número de cadeiras foi reduzido para uma capacidade de 103.045 espectadores.

O futuro do estádio não está ainda realmente definido. Os rumores de privatização não existem mais desde sua aquisição (antes propriedade da cidade do Rio) pelo governo brasileiro. Porém o estádio não terá, certamente, uma longa vida sem outra renovação, desta vez mais profunda; talvez como uma reestruturação total ou, ao menos, uma reconversão parcial. Os tempos mudaram: atualmente os estádios não são mais unicamente monumentos gigantescos reservados ao culto do futebol.

Tradução: Marielle Furlaneto Saraiva

Obrigado ao site Stades Mythiques (em francês)

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