Enfrentar o rival Atlético-MG, neste domingo, sem a presença de um único torcedor cruzeirense será algo inusitado, mas não sem paralelo para o lateral-direito Jonathan. O camisa 2 disse nesta quinta-feira que o filme ‘300’, produção norte-americana dirigida por Zack Snyder, pode ilustrar a situação que o Cruzeiro enfrentará na Arena do Jacaré.
Jonathan compreende que o estádio não tem condição de abrigar com segurança as torcidas rivais e por isso o acordo para que os clássicos deste Campeonato Brasileiro tenham apenas fãs da equipe mandante. O lateral destaca que, sem ponto de referência algum na arquibancada, a delegação do Cruzeiro enfrentará situação semelhante à mostrada no filme.
“Nunca joguei um clássico sem a torcida do Cruzeiro. A gente entende que é por causa da segurança dos próprios torcedores, embora muitos achem ruim que tenha uma torcida só. Temos que focar somente no trabalho e pegar aquele filme como exemplo, o ‘300’, daqueles soldados contra aquele batalhão de gente. Acho que vai ser no mínimo umas 15 mil pessoas contra 45 e gente tem que se juntar, se fortalecer para procurar um bom resultado”, afirmou.
A produção da qual participou o ator brasileiro Rodrigo Santoro baseia-se na obra homônima do quadrinista Frank Miller, inspirada por sua vez na Batalha das Termópilas, ocorrida na Grécia, em 480 a. C. O filme mostra a bravura de 300 guerreiros de Esparta que enfrentam sozinhos milhares de soldados da Pérsia.
O volante Fabinho deu razão a Jonathan e revelou ter fracassado ao procurar outra obra que retratasse situação semelhante à que o Cruzeiro terá pela frente no domingo. O jogador cotado para atuar como zagueiro avalia que o adversário tomará partido da arquibancada.
“Eu tentei até achar outro filme que se encaixasse melhor, mas não tem outra forma de se pensar, a não ser dessa maneira. Vai ser um jogo à parte e a gente sabe que eles vão usar o fator torcida e tudo o que têm em mãos. Mas estamos bem preparados e temos o contra-veneno para usar também”, destacou.