O técnico Luiz Felipe Scolari concedeu uma entrevista coletiva de aproximadente 40 minutos na tarde desta quarta-feira (21), na Academia de Futebol, e encerrou o assunto seleção brasileira ao comentar, mais uma vez, sobre o trabalho a longo prazo que pretende fazer no Palmeiras.
“Meu projeto no Palmeiras é de dois anos e meio. Não vou fazer absurdos neste momento, pois estamos analisando o elenco e sugerindo possibilidades para as próximas temporadas. Espero que a torcida tenha paciência. Se querem apontar um culpado, que culpem eu. Mas poupem e apoiem os jogadores do início ao fim”, disse o treinador, colocando um ponto final nas especulações envolvendo o nome dele na seleção brasileira.
“Quero encerrar esse assunto de uma vez, pois está tendo muita troca de informações. Estão falando que não quero isso, que não quero aquilo, que estou dizendo ‘não’ ou sendo mal-educado. Isso tudo é um absurdo. Não fui convidado por ninguém para assumir a seleção. Quem realmente fez uma proposta de trabalho foi o Palmeiras, e por isso estou aqui. Quero que parem de ficar escrevendo mentiras e sejam homens de assinar as matérias quando colocarem algo sobre mim.”
O treinador palmeirense deixou claro que o seu sentimento pela seleção jamais vai ser deixado de lado e lembrou dos momentos vividos por ele na Copa do Mundo de 2002, quando sagrou-se pentacampeão.
“Tenho muitas saudades daquela época, saudades do meu elenco, da comissão técnica…Se eu pudesse, daria um abraço enorme em todos eles. Mas esse período acabou. Minha passagem pela seleção brasileira terminou em 2002.”
Com a cabeça plenamente voltada para o Verdão, Luiz Felipe Scolari revelou que teve um encontro com representantes da Traffic, parceira do clube, visando um time mais forte para a próxima temporada. “Tivemos uma reunião e traçamos planos para o ano de 2011. Já estamos estudando e observando alguns nomes que venham a ser importantes para o clube.”
Apesar de pensar no futuro, o comandante do Verdão não fugiu da responsabilidade e avisou que o Campeonato Brasileiro deste ano não está sendo encarado como um mero ‘vestibular’.
“Isso não existe. Nós sabemos que precisamos de resultados e as cobranças vão aparecer. Temos objetivos traçados e queremos disputar a Copa Libertadores do próximo ano. Para isso, temos duas chances: ou ficar entre os quatro primeiros do Brasileiro, ou vencer a Copa Sul-Americana. A necessidade de vencer imediatamente é algo que não sai da nossa cabeça, mas queremos fazer as coisas com paciência. A torcida precisa ter esse entendimento.”
