Enquanto Joel Santana comandava uma atividade tática nesta quarta-feira, no Stadium Rio, Lucio Flavio, com proteção na mão esquerda, treinava longe dos companheiros, sob orientação do auxiliar de preparação física Marlos Almeida. Foi o primeiro dia que o apoiador esteve com o grupo do Botafogo desde que operou o quinto dedo da mão esquerda.
A frustração inicial de receber a notícia de que ficará de três a quatro semanas sem jogar já passou. Tranquilo, o capitão alvinegro sonha com uma rápida recuperação, mas, sabendo da dificuldade, prefere no momento dar força aos companheiros na reta decisiva do Campeonato Carioca.
A previsão inicial do departamento médico é de você ficar até quatro semanas sem jogar, ficando em aberto a possibilidade de atuar na finalíssima, se houver. Você alimenta a esperança de voltar antes e jogar?
LUCIO FLAVIO: Sim, como jogador, alimento essa esperança. Na hora que vou dormir, penso em acordar bem, recuperado. Mas não posso criar muita expectativa, pois isso seria pior. Os médicos têm experiência e baseado nela fizeram essa previsão. A operação foi tranquila e a recuperação tem sido boa, mas por enquanto vou ficar apenas treinando.
Como você recebeu a notícia de que deve perder as decisões, os jogos que os atletas mais gostam de atuar?
LUCIO FLAVIO: É uma situação diferente, fiquei chateado no início. Tinha atuado em todos os jogos da temporada e vou perder justamente os decisivos. Foi em um dedo, nessas horas você vê como cada parte do corpo é importante. Mas não dá para ficar me lamentando, vou seguir treinando para me recuperar. Esta semana dá para fazer musculação e atividades físicas e, na próxima, começar a trabalhar com bola, mas nada que tenha contato físico ainda.
Como capitão e um dos líderes do grupo, você pensa em ajudar de outras formas?
LUCIO FLAVIO: É notório que sou um dos que mais têm tempo de Botafogo. Vou ficar na torcida, estando junto nos treinos, em conversas, preleções, mas não vou poder ajudar como estou acostumado. Não posso jogar, torço para quem entrar atuar bem, que não haja comparações comigo pois só atrapalharia. O importante neste momento decisivo é o time entrar concentrado e conseguir seus objetivos.