Jogadores reverenciam histórico capitão

O bate-papo com Piazza acabou com a Toca da Raposa II já às escuras e deixou os atletas celestes impressionados com as histórias contadas. Da construção do Cruzeiro vencedor à comparação do futebol de 40 anos atrás com o atual, passando pela convivência com Pelé na Copa de 1970, foram vários os assuntos que chamaram […]
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sambafoot_admin
Publicado em 31/03/2010 às 22h10

O bate-papo com Piazza acabou com a Toca da Raposa II já às escuras e deixou os atletas celestes impressionados com as histórias contadas. Da construção do Cruzeiro vencedor à comparação do futebol de 40 anos atrás com o atual, passando pela convivência com Pelé na Copa de 1970, foram vários os assuntos que chamaram a atenção do elenco.

“Achei legal. A gente tem que valorizar essas pessoas que realmente têm um nome muito forte, são espelhos para a gente. Todo mundo queria ser um ídolo eterno de uma torcida como a do Cruzeiro. Fiquei feliz”, observou o volante Fabrício.

“Foi muito importante ele ter vindo. Era bom que tivesse mais tempo para que a gente pudesse sentar com calma. Se tiver uma oportunidade de ele vir novamente, vai ser muito bom”, concordou o também volante Marquinhos Paraná.

Uma passagem bem citada pelos atletas foi a derrota na semifinal da Libertadores de 1975. Piazza contou que um 2 x 0 contra na última rodada do triangular seria suficiente para o Cruzeiro passar à final. O revés por 3 x 0 para o Independiente, na Argentina, foi classificado como “a pior derrota da carreira” do antigo camisa 5.

Foi dali que o Cruzeiro reuniu forças para conquistar a Libertadores em 1976. Não poderia haver exemplo mais inspirador na busca pelo tricampeonato da competição. O atacante Kleber se apegou às semelhanças daquela campanha com a atual.

“É muito bacana a gente ouvir e perceber que foi muito parecido com o que a gente está vivendo. Ele contou que eles perderam a Libertadores de 1975 e foi uma coisa que abalou muito o grupo todo. Aconteceu isso com a gente no ano passado. No ano seguinte eles conquistaram o campeonato e este ano a gente pode conquistar também. Eles tiveram o artilheiro (Palhinha) e agora eu tenho cinco gols e de repente posso ser o artilheiro. São coisas a que a gente vai apegando”, disse o Gladiador.

Marquinhos Paraná foi pelo mesmo caminho. “É importante você escutar pessoas que passaram pelo futebol e venceram. Ele conversou com a gente sobre o que viveu, disputou o que a gente disputou, uma competição muito importante que é a Libertadores, e conquistou. Nós tivemos a oportunidade, mas infelizmente não conseguimos. Foi muito triste? Foi. Mas temos tudo para conquistar este ano”, afirmou.

Kleber notou que dos anos 1970 para cá o futebol mudou bastante dentro e fora de campo, mas o “boleiro” não perdeu a essência e ainda há muita coisa em comum, especialmente no convívio.

“O futebol não mudou muito na questão do relacionamento do grupo. Mudou um pouco o estilo de jogo. E hoje a gente encontra menos dificuldade em relação a viagem, alimentação, a estrutura que o Cruzeiro tem agora com certeza nem se compara ao que eles tinham na época. Tirando isso, o futebol é praticamente a mesma coisa”, avaliou.

“Sempre existiu vaidade, pessoal emburrado que fica no banco. Ele falou para ninguém ficar contente com a reserva, mas respeitando o colega e querendo sempre tomar o lugar dele, com lealdade. Tem que fazer do treino um jogo. É um exemplo bonito. Com certeza os problemas não mudaram. Os elencos que sabem lidar melhor com os problemas, que têm pessoas que pensam coletivamente, sobressaem e conseguem os títulos”, opinou Fabrício.

Por fim, os atletas gostaram de ouvir histórias dos bastidores da Copa do Mundo de 1970, em que verdadeiros ícones do futebol brasileiro souberam superar vaidades para levar o Brasil a uma épica conquista, tida até hoje como sinônimo de futebol bem jogado.

“Já conhecia essas histórias do que a gente vê pela TV, os gols e os títulos, mas os bastidores eu não conhecia. O legal é saber dessas coisas. Quando ele fala da Copa do Mundo, do que o Pelé falou, sobre o grupo ser forte. São coisas que não são passadas pela imprensa. Essas histórias foram contadas por quem viveu esses momentos”, destacou Fabrício.

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