Sem tirar o sorriso do rosto desde domingo passado, quando conquistou o título de campeão do Campeonato Brasileiro pelo Flamengo, o meia Everton tem mais um motivo para comemorar nesta sexta-feira. Ele completará 21 anos e celebrará o “ano perfeito” ao lado do seu grande presente do ano: o filho Guilherme.
“São emoções diferentes, mas ambas inesquecíveis. Do mesmo jeito que lembrarei para sempre a imagem do meu filho nascendo, jamais tirarei da cabeça o momento em que vi o juiz apitando o final do jogo contra o Grêmio e o Flamengo sendo campeão brasileiro. O ano de 2009 me trouxe muita felicidade. Agradeço todos os dias a Deus pelo que ele me proporcionou nesse ano”, disse o jogador.
Momentos de tanta alegria ele só sentiu no final de 2006. Everton ficou seis meses afastado dos gramados por causa de um sério problema nas costas que quase o obrigou encerrar a carreira prematuramente. Depois de muita fisioterapia, ele conseguiu se recuperar e voltou a jogar pelos juniores do Paraná. No início do ano seguinte, disputou a Copa São Paulo e no final foi integrado ao elenco de profissionais.
“Foi um período muito complicado realmente. Pensei que nunca mais poderia jogar bola. Graças a Deus tive forças para superar isso e dei a volta por cima. Quando entrei em campo pela primeira vez depois da minha recuperação parecia que havia nascido de novo”, afirmou.
A história de vida do jogador Everton pode se comparar à campanha do Flamengo para a conquista do Hexa. Quando todos achavam que o time não faria uma grande campanha, ele se superou e chegou às primeiras colocações. Mesmo assim, poucos o classificavam como candidatos ao título, mas os jogadores superaram barreiras e venceram.
“Conversava com meu pai outro dia e ele brincou comigo que a história do Flamengo nesse Brasileirão parecia com a minha quando tive o problema nas costas. Ninguém mais acreditava que os dois pudessem chegar ao topo e isso aconteceu. Sei que ainda tenho muito a crescer na minha carreira e sei que o topo de qualquer atleta é ser campeão mundial pela seleção do seu país. Mesmo assim, para quem tem apenas 21 anos e saiu de uma cidade de cinco mil habitantes no interior do Mato Grosso, conquistar o Campeonato Brasileiro pelo Flamengo era inimaginável. No momento, estou no auge da minha carreira”, concluiu.
