Mesmo sendo um time de toque de bola e jogo limpo, o Cruzeiro tem convivido com os cartões vermelhos ao longo da temporada. O time celeste teve 16 atletas expulsos em 46 exibições, ou uma a cada 2,8 partidas disputadas. Em contrapartida, os comandados de Adilson Batista mostraram fibra e somaram 57,7% dos pontos nessas ocasiões.
O Cruzeiro teve jogadores excluídos em 15 jogos por Torneio de Verão, Campeonato Mineiro, Copa Santander Libertadores e Campeonato Brasileiro. Destes, venceu sete, empatou cinco e perdeu apenas três. Foram 26 pontos conquistados em 45 disputados.
O jogo do último domingo foi um bom exemplo de superação. Leonardo Silva recebeu o cartão vermelho aos 16 min do segundo tempo, quando o placar do Maracanã apontava Fluminense 1 x 1 Cruzeiro. Com um homem a menos, o time celeste não só manteve o resultado até o fim como criou boas oportunidades de marcar o segundo gol.
Os colegas isentam Leonardo Silva, que cometeu falta em Kieza, em situação de perigo para a defesa celeste, em que pese o árbitro Arílson Bispo da Anunciação não ter marcado uma falta no zagueiro celeste na origem do lance.
“Essas últimas expulsões foram por necessidade, até porque não tinha outra alternativa para o Leonardo Silva, a não ser fazer a falta. Contra o Fluminense, primeiro foi falta nele e o juiz não marcou. Quando isso acontece, nós temos que correr e superar, como conseguimos fazer”, observou.
O volante Fabinho concorda com o atacante e avalia que é necessário corrigir alguns erros. “Os cartões estão acontecendo como necessidade. Nessas últimas expulsões nós fomos obrigados a matar a jogada, sempre com o último homem. Temos que corrigir o posicionamento e melhorar mais um pouco”, disse.
Quem costuma se desdobrar quando o time tem um jogador a menos são os atacantes. Wellington Paulista sabe bem o que acontece depois que um colega é excluído.
“Quando tem jogador expulso, o esforço dos outros dez é ainda maior. A gente lá da frente já marca bem forte. Eu procuro marcar o lateral e os volantes dos outros times. Quando fica com um a menos, piora tudo. A zaga fica no mano a mano e os atacantes têm que voltar ainda mais. Ou então um atacante é sacado para colocar um zagueiro. O outro time fica com um a mais e passa a girar a bola e a gente começa a ficar mais desgastado”, disse.