Se há uma posição no futebol em que não se pode errar é a de goleiro. Mesmo após fazer grandes defesas, uma falha pode jogar todo um trabalho por água abaixo. Mesmo jovem, apenas 20 anos, Renan tem experiência suficiente para saber que, sendo goleiro, não se pode deixar levar pelos elogios e muito menos pelas criticas. Depois de parar Ronaldo, no empate entre Botafogo e Corinthians e não se empolgar, Renan, mais uma vez, manteve a serenidade e assumiu ter falhado por duas vezes na derrota para o Vitória, em Salvador, no último sábado, por 4 a 3.
“Acho que realmente tive dois erros. No segundo gol, poderia ter ido com a mão. O Roger conseguiu dar o toque e fazer o gol. Falhei também no quarto gol. Vi que a bola era minha, mas por um atraso meu, o Apodi chegou e fez o gol”, disse.
Para ele, neste momento, não adianta haver desespero e sim trabalho. Melhor ainda se este trabalho é feito com o respaldo de toda a comissão técnica. Antes do treino, Renan recebeu o apoio do preparador de goleiros, Rubens Lima e conversou durante um bom tempo com o técnico Ney Franco.
“O Ney me passou confiança, sempre faz isso. Foi uma conversa bem aberta, tranquila. Ele disse que viu erros, e tem o mesmo pensamento que eu. Só com o trabalho vamos corrigir. No jogo contra o Goiás pode ser diferente. Vida de goleiro não é fácil, nós que levamos os gols”, revelou o jogador, que, mesmo jovem, se mostrou muito maduro. “Após a partida contra o Corinthians todos falavam que parei o Ronaldo e não fiquei batendo no peito e dizendo que eu era o melhor. Agora é da mesma forma, continuarei trabalhando para melhorar cada vez mais”, finalizou.