Uma exceção importante
No atual futebol brasileiro, é muito raro um jogador ter tempo suficiente para se destacar em um clube e criar uma grande identificação com sua respectiva torcida. Tornar-se ídolo, então, já virou utopia. Em meio a esse contexto, Cristian desponta como um dos mais adorados pela Fiel corinthiana. Caracterizado não só pela técnica, mas também pela enorme raça (quesito primordial na avaliação alvinegra), o volante vem sendo importantíssimo ao esquema tático de Mano Menezes. Bons exemplos são o gol marcado no último minuto contra o arquirrival São Paulo, pelo primeira partida semifinal do Paulistão, e o golaço de falta marcado na última quarta-feira, diante do Atlético Paranaense.
Que moral, hein?
Desde 2006 que as torcidas organizadas do Corinthians não gritavam os nomes dos jogadores. E isso aconteceu na Vila Belmiro. Basta ver que, depois de tanta sujeira no clube, com direito a dirigentes ladrões (destaque ao pífio Alberto Dualib) e atletas que jamais mereceriam vestir uma camisa de tamanha tradição, a “zica” parece, enfim, ter acabado. Andrés Sanchez faz, na opinião deste colunista, uma boa administração. Quanto ao elenco, creio que dispensa comentários. Sob a liderança de um técnico sério e competente como Mano Menezes, os atuais jogadores parecem entender perfeitamente a enorme responsabilidade que é representar o time do povo. Vou além disso: surgiram, enfim, jogadores que compreenderam um antigo bordão: “O Corinthians não é um time que tem uma torcida. É uma torcida que tem um time.”
