Show de bola e de pancadaria
Foram dois jogos eletrizantes nas decisões semifinais do Campeonato Paulista. Com direito a todos os elementos característicos de clássicos: troca de farpas entre dirigentes e jogadores, pancadaria, belos gols, muita alegria para um lado e muita tristeza para outro.
O destaque negativo fica por conta de Diego Souza, excelente meia do Palmeiras, que reagiu infantilmente à provocação do zagueiro santista Domingos, agredindo-o duas vezes no último sábado. Tudo bem, temos que considerar a situação em que a partida se encontrava. É óbvio que o palmeirense estava com os nervos à flor da pele, mas nada justifica tamanha irresponsabilidade. E na opinião deste colunista, a punição deve ser severa. Violência deve ser coibida a qualquer custo. Entretanto, falta critério ao STJD, de modo que é bem plausível a possibilidade de toda esta confusão tomar a forma de cestas básicas.
O fato é que dentro de campo o Santos foi inquestionavelmente superior, principalmente no segundo jogo, no Palestra Itália, com shows particulares de Madson e Neymar. A cada partida, o ex-vascaíno se mostra melhor. Impressionante a velocidade deste garoto! A defesa alviverde não encontrou meios de como pará-lo. Fabinho Capixaba que o diga.
Que velocidade, hein, gordo?
No Morumbi, Ronaldo calou a boca do irresponsável Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. Após declarar que o Fenômeno era um ex-jogador em atividade, o dirigente são-paulino foi obrigado a ver não só uma vitória do Corinthians por 2 a 0, mas também um golaço do camisa 9 alvinegro, com direito a uma impressionante arrancada, após lançamento de Cristian.
Rogério Ceni faz falta demais à equipe tricolor. Não que Bosco seja incapaz de supri-lo tecnicamente, mas a liderança do capitão é indispensável. Ademais, Muricy optou por um esquema diferente: Dagoberto atuou como uma espécie de pseudo-atacante, apoiando pela ala direita. Como já era previsível, a marcação nesse setor foi precária, e durante todo o primeiro tempo, André Santos e Dentinho tiveram uma verdadeira avenida a seu dispor. Porém, com o time recuado por Mano Menezes, não puderam aproveitar muitas chances.
Falando em aproveitamento, quem melhorou muito nesse aspecto, no último domingo, foi Douglas. Muito questionado por seu futebol (que, de fato, não chegava sequer perto do apresentado na série B em 2008), o meia voltou a exibir toda a técnica e requinte a que o torcedor corinthiano já havia se acostumado, com belos passes, lançamentos e arremates.. Certamente travará um duelo particular com Madson nos dois jogos finais
Momento Mãe Dinah
Meu palpite para a final alvinegra: Corinthians campeão, com empate na Vila Belmiro e vitória no Pacaembu. Digo isso baseado no entrosamento e na regularidade da equipe. Ficar o Paulistão inteiro sem perder é um triunfo mais do que digno, para um clube que vem de temporadas tão instáveis. Palmas para Mano Menezes e todo o seu plantel.
