Alexandre Pato se viu aos 11 anos tendo de morar longe dos pais, Geraldo e Roseli, que ficaram em Pato Branco (PR). Aprovado na avaliação dos treinos no Internacional, Pato foi morar no alojamento do clube, que fica em cima dos vestiários do Beira- Rio. Começou ali um período de muita saudade da família, mas também da convivência com pessoas que marcariam a sua vida e que participaram da sua formação.
Ao entrar ontem no estádio para o treinamento da Seleção Brasileira, aplaudido intensamente ao sair do ônibus, Alexandre Pato se emocionou ao ser cumprimentado e abraçado pelos funcionários. Naquele momento vieram, fortes, as recordações do passado.
– Essas pessoas são muito especiais para mim. Cheguei aqui menino, tinha muita saudade dos meus pais, e eles todos me ajudaram. Tenho grandes recordações daqui.
O encontro com “Pernambuco” foi mesmo especial. Seu Geraldo, um pernambucano de Caruaru, é funcionário tão antigo do Internacional quanto o tempo de existência do Beira-Rio – tem 40 anos de casa.
– Comecei a trabalhar aqui no dia 20 de fevereiro de 1969. O Beira-Rio foi inaugurado dois meses depois, no dia 6 de abril, em um jogo em que o Internacional venceu o Benfica por 1 a 0, gol de Claudiomiro.
Pernambuco viu a história do Internacional passar de muito perto, ali da boca do túnel, vendo alguns jogos, ou de dentro do vestiário, do qual é o responsável. Viu Figueroa, Dunga, Falcão, Valdomiro, Carpeggiani, Lúcio e outros tantos craques. Ele tem orgulho de ser querido por todos, como ficou demonstrado no afetuoso abraço que recebeu de Alexandre Pato.
– Esse menino é demais. Torço muito para ele, parece que foi ontem mesmo que chegou aqui no Internacional, um guri.