Dia Santo e feriado

Nenhuma homenagem seria melhor que um feriado em 27 de fevereiro. A Igreja Católica decreta há séculos os seus Dias Santos como feriado. Portanto, o país da fé no futebol tem por obrigação fazer de 27 de fevereiro um dia Santo, um dia de Djalma Santos. Em 1958 ele assombrou o mundo em “apenas” 90 […]
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sambafoot_admin
Publicado em 01/03/2009 às 00h55

Nenhuma homenagem seria melhor que um feriado em 27 de fevereiro. A Igreja Católica decreta há séculos os seus Dias Santos como feriado. Portanto, o país da fé no futebol tem por obrigação fazer de 27 de fevereiro um dia Santo, um dia de Djalma Santos.

Em 1958 ele assombrou o mundo em “apenas” 90 minutos, diga-se de passagem, nos mais importantes 90 minutos do futebol brasileiro. Entrou na finalíssima da Copa da Suécia, no lugar do piracicabano Nilton De Sordi, que oficialmente se contundiu e oficiosamente alguns ainda diziam que o Dr. Hilton Gosling barrou De Sordi, por perceber que ele estava muito alterado emocionalmente para a partida que selaria o destino do maior esporte do mundo, mas com Dejalma dos Santos (isto mesmo, Dejalma de batismo e Djalma de futebol) em campo, tudo fica mais fácil: Brasil 5 x 2 Suécia e os donos da festa se renderam aos donos do mundo da bola, nascia o Brasil do futebol!

Extremamente forte e habilidoso, Djalma Santos revolucionou o que se entendia por jogar futebol até então, fazendo do lateral, um jogador além do defensor. Ele era um apoiador nato e um lateral moderno, ainda no tempo dos pontas. Seus arremessos laterais eram como escanteios com as mãos, em que a bola chegava facilmente à cabeça dos atacantes postados na área. Ele não era um ala, era um Djalma Santos, se vocês me entendem.

Em seus quase 10 anos e 453 jogos pela Portuguesa de Desportos (1948-1958) ele foi duas vezes campeão do Rio-São Paulo de 1952 e 1955, título que voltaria a vencer em 1965, já na Sociedade Esportiva Palmeiras, clube em que jogou por outros quase 10 anos (1958-1968) e 498 jogos. Participou da Academia que venceu os paulistas de 1959, 1963 e 1966, a Taça Brasil de 1960 e 1967, além do Roberto Gomes Pedrosa de 1967, em meio a incrível Era do Santos de Pelé. Encerrou sua carreira na década de 70, no Clube Atlético Paranaense com mais um título estadual (1970).

Na seleção brasileira, a História tem nome e sobrenome: Djalma Santos.

O primeiro jogador a disputar 100 jogos com a camisa da seleção (80 vitórias), foi o primeiro brasileiro a ser chamado para a seleção da Fifa (que enfrentaria a Inglaterra campeã do mundo), em 1963. Djalma, também é bicampeão da Copa do Mundo (1958 e 1962); campeão do Torneio Panamericano (invicto) em 1952; três vezes campeão da Copa Roca (Brasil x Argentina):1957, 1960, 1963; três vezes campeão da Copa Oswaldo Cruz (Brasil x Paraguai): 1955, 1956, 1962; duas vezes campeão da Copa Atlântica (Argentina x Brasil): 1956, 1960; campeão da Copa O’Higgins (Brasil x Chile): 1959.

Hoje, dia 27 de fevereiro de 2009, o nosso grande Djalma Santos completa seus 80 anos e nós devemos reverências eternas ao grande mito da lateral direita. Salve Djalma Santos!

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