Um dos principais feitos da gestão Bebeto de Freitas, o CT João Saldanha, foi palco da última entrevista coletiva concedida por ele como presidente do Botafogo. Símbolo de uma gestão que procurou recuperar o clube em todos os aspectos, o CT que leva o nome de seu tio foi apenas um dos assuntos abordados por Bebeto que, depois de 6 anos comandando o clube de coração, deixará o cargo nas mãos do novo presidente eleito, Maurício Assumpção e irá, segundo o próprio, “retomar a sua carreira profissional”, agora como o comandante do futebol do Atlético-MG.
Visivelmente emocionado, Bebeto procurou mostrar alegria em toda a entrevista e falou sobre os principais pontos destes 6 anos à frente do clube. Principalmente as pessoas que mais o ajudaram a ter um mandato tão bem sucedido.
“Quando assumi em 2003, o Botafogo estava sem possibilidade de andar. Saímos cedo do Campeonato Carioca e, por isso, tivemos um mês para treinarmos para a Série B. O Zico, que é ídolo do nosso maior adversário, emprestou ao Botafogo as instalações do seu clube. Não tínhamos dinheiro nem para o táxi. O Valdo chegou a comprar água para os treinos. Sem o Levir Culpi nós também não teríamos chegado até aqui. O Túlio também foi muito importante neste processo, tanto dentro quanto fora do campo ele se identificou e ajudou muito ao Botafogo. Enfim, foram poucas pessoas que ajudaram, mas em grande quantidade”, disse Bebeto, passando a responsabilidade para as mãos de Maurício Assumpção. “O Botafogo deve continuar crescendo. Temos aí a Cia Botafogo, o Estádio Olímpico com todos os contratos vencendo agora, justamente para a nova diretoria poder negociá-los como quiser. Enfim, acredito que o próximo mandato seja ainda mais importante que os dois que passaram e espero que ocorra tudo bem”, finalizou o presidente com lágrimas nos olhos e deixando claro que estas foram as suas últimas palavras sobre a sua maior paixão, o Botafogo.
