A mística da camisa 7

Quando anunciou o atacante Reinaldo, o futuro presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, disse que o novo reforço vestiria a camisa mais importante da história do clube: a 7. Realmente, não há honra maior dentro do Glorioso do que usar a camisa que foi de seus principais ídolos. Ela que já vestiu tantos grandes jogadores, realmente […]
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sambafoot_admin
Publicado em 22/12/2008 às 23h47

Quando anunciou o atacante Reinaldo, o futuro presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, disse que o novo reforço vestiria a camisa mais importante da história do clube: a 7. Realmente, não há honra maior dentro do Glorioso do que usar a camisa que foi de seus principais ídolos.

Ela que já vestiu tantos grandes jogadores, realmente ganhou o status de imortal com a benção do maior craque de todos os tempos, Garrincha. Sob a batuta do Mané, o Botafogo construiu a sua história e a do futebol brasileiro e mundial também. Chamado de Anjo das Pernas tortas, Garrincha atuou pelo Alvinegro na década de 60 e deu muitas alegrias para a torcida. Dentre uma das maiores, foi quando o craque marcou duas vezes na final do Campeonato Carioca de 1962 e o Botafogo levou o o taça, em cima do maior rival, o Flamengo. No total, ele jogou 579 vezes pelo clube, marcando 249 gols.

Contudo, antes de Garrincha, um grande craque já vestira a camisa 7. Foi o atacante Paraguaio. Em 1948, ele era o dono da mais famosa camisa alvinegra. Foi com ele que a equipe venceu o Campeonato Carioca daquele ano, em cima do expresso da vitória vascaíno.

Já na década de 70, o Fogão viveu uma grande safra de camisas 7. Primeiro, com um de seus maiores ídolos, Jairzinho. Chamado de furacão da Copa de 70, ele marcou 189 gols com o manto alvinegro. Depois, foi a vez de Rogério, outro grande jogador a vestir a desejada camisa.

Depois de passar alguns anos sem um grande ídolo para vestí-la, a camisa 7 foi crucial em um dos maiores títulos da história do Glorioso. O grande escolhido para usar o famoso manto e acabar com o jejum de títulos foi Maurício, com um gol em cima do Flamengo. Mais uma vez, em 1989, a camisa 7 fazia a diferença.

E foi seis anos depois que ela teve seu brilho reluzente mais uma vez na história do futebol brasileiro. Com o grande artilheiro Túlio Maravilha a vestindo, o Botafogo foi Campeão Brasileiro de 1995 e ele sagrou-se artilheiro da competição.

No último do Fogão, em 2006, quem a vestiu foi Lucio Flavio. Na época a grande contratação da equipe, ele foi um dos principais jogadores na campanha vitoriosa e que deu ao clube o Campeonato Carioca.

Agora, chegou a vez de Reinaldo vestí-la e honrá-la em 2009. Ele se apresentou e mostrou a personalidade necessária para ser mais um grande detentor dessa camisa tão importante. Futebol todos sabem que ele possui. Agora, basta aguardar o começo do ano para ele mostrar que é o camisa 7 ideal. Boa sorte!

Tradição também na Europa:

Não é apenas o Botafogo que cultua a camisa 7 como a sua mais importante. O atual campeão europeu, Manchester United, teve seus maiores ídolos com o número. Desde George Best, considerado um dos maiores da história inglesa, até o francês Eric Cantona, além de David Beckham e atualmente com Cristiano Ronaldo, a 7 é sempre a camisa dos grandes ídolos.

Já no Real Madrid, o maior ídolo do clube e maior artilheiro da Champions League, Raúl, tem o 7 na suas costas. Enquanto na Itália, o ex-melhor do mundo, Luís Figo, tem este número cativo na Inter de Milão. No rival, o Milan, a camisa 7 era de Shevchenko e agora é do brasileiro Alexandre Pato.

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