A CBF torna público o reconhecimento ao direito exercido pela diretoria do Real Madrid em não liberar o jogador Robinho de participar das Olimpíadas de Pequim.
Da mesma forma que reconhece esse direito, a CBF lamenta e questiona o fato de o clube espanhol ter feito o comunicado da não liberação no dia do embarque da delegação para Cingapura e somente horas antes de a entidade enviar os nomes dos jogadores à FIFA e ao COI para inscrição oficial nas Olimpíadas, fato agravado por ser de conhecimento geral, desde o dia 7 de julho, que Robinho estava convocado para as Olimpíadas.
A CBF deixa registrado, por esses motivos, o seu descontentamento em relação à decisão tardia tomada pela diretoria do Real Madrid, não só pelos transtornos causados ao planejamento operacional e de preparação da Seleção Brasileira Olímpica, como, principalmente, por considerar tal decisão um desrespeito à entidade, ao futebol e aos torcedores brasileiros.
A CBF lembra ainda que, por ocasião da apresentação dos jogadores para a disputa da Copa América de 2007, abriu mão do direito de contar com Robinho durante o período de preparação no Brasil – direito este reconhecido à época, publicamente, pela diretoria do Real Madrid, – por entender que a presença do jogador na partida contra o Mallorca na última rodada do Campeonato Espanhol seria importante para o clube.
Um ano depois, para surpresa de todos, a CBF deixa de ser contemplada com a reciprocidade de entendimento que se esperava natural depois do episódio acontecido em 2007, quando o pedido do Real Madrid feito ao presidente Ricardo Teixeira foi atendido com a liberação de Robinho e também de Marcelo, que estava convocado para o Mundial Sub-20 do Canadá.