A equidade de gênero é a nova bandeira da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). O foco da campanha está na modalidade mais popular do mundo e pretende conscientizar o público a valorizar o esporte pelo que ele representa. E não pelo gênero ou categoria dos praticantes.
Chamada “O futebol é futebol”, a iniciativa foi lançada, estrategicamente, há poucos dias da final da Copa Libertadores 2022. E no início da Libertadores Feminina 2022, disputada no Equador.
A sul-americana masculina encerra no dia 29 de outubro, em Guayaquil, no Equador. Dois times brasileiros disputam o título: Flamengo e Athletico-PR se enfrentam no Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, às 17h.
Segundo o presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, a iniciativa vai divulgar conteúdos focados na igualdade de gênero no futebol. A mensagem que a instituição deseja transmitir prioriza o desenvolvimento que o futebol promove. Ou seja, a emoção do esporte deve ser a mesma para todos, independente do gênero de quem está jogando.
O que a campanha pela equidade de gênero no futebol propõe
“Com a campanha ‘O futebol é futebol’, queremos mostrar a todos os torcedores sul-americanos que, independentemente de quem joga, o futebol é vivido com a mesma paixão e compromisso”, afirma Domínguez.
A equidade de gênero tem uma evolução lenta nos esportes em geral, especialmente no Brasil. O grande marco ocorreu há 9 décadas, quando a nadadora Maria Lenk abriu as portas as atletas do continente sul-americano.
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Aos 17 anos, a atleta paulista foi a primeira brasileira a disputar uma edição das Olimpíadas (Estados Unidos, 1932). Além de ser a única mulher da delegação verde e amarela, entre 65 homens.
Em 2016, as brasileiras conquistaram cinco das 19 medalhas, sendo duas de ouro. A maior potência olímpica do mundo, os Estados Unidos, alcançaram 121 medalhas no Rio de Janeiro. Destas, 67 foram pódios femininos em conquistas mistas ou duplas (tênis e hipismo).
Três anos depois, em 2019, Jacqueline (ou Jackie Silva), uma das pioneiras no vôlei de praia, alertava para o descaso com as mulheres no esporte. Conforme a atleta, as maiores desigualdades ocorrem no futebol.