O beijo na boca de Luis Rubiales na jogadora Jenni Hermoso, da seleção espanhola, repercutiu negativamente no país. O gesto aconteceu durante a premiação da Copa do Mundo Feminina, no domingo (20), quando o presidente da Real Federação Espanhola segurou a cabeça da atleta e beijou-a nos lábios, sem consentimento. A Espanha foi campeã do torneio, após vencer a Inglaterra por 1 a 0, em Sidney, na Austrália.
Saiba mais
- Durante uma live no vestiário, a espanhola disse que não gostou da atitude de Rubiales.
- O gesto do dirigente gerou uma onda de protestos no país. Jogadores e torcedores se manifestaram contrários ao ocorrido, acusando Luis Rubiales de abuso de poder.
- Na segunda-feira (21), foi a vez do Ministério do Esporte da Espanha se pronunciar. Na opinião do ministro Miquel Iceta, o fato é inaceitável e representa um desrespeito às mulheres.
Jenni ha hablado del beso de Rubiales.
💬 “Eh, pero no me ha gustado”.
🎥 @Jennihermoso pic.twitter.com/yj8h1p3r5W
— Relevo (@relevo) August 20, 2023
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No demos por hecho que dar un beso sin consentimiento es algo “que pasa”. Es una forma de violencia sexual que sufrimos las mujeres de forma cotidiana y hasta ahora invisible, y que no podemos normalizar. Es tarea de toda la sociedad. El consentimiento en el centro. Solo sí es sí
— Irene Montero (@IreneMontero) August 20, 2023
Violência sexual
Até esta segunda-feira (21), a Real Federação Espanhola e a comissão técnica da seleção campeã ainda não se manifestaram sobre o caso ocorrido no domingo. Enquanto isso, Luis Rubiales rebateu a declaração do ministro Miquel Iceta. Para o dirigente, o beijo representa uma “demonstração de carinho sem importância”.
“O beijo com Jenni? Idiotas existem em toda parte. Quando duas pessoas têm uma demonstração de carinho sem importância, não podemos fazer caso às idiotices”, afirmou Rubiales.
Com a repercussão, a ministra da Igualdade da Espanha, Irene Montero classificou o gesto como “uma espécie de violência sexual”. “Não vamos supor que dar um beijo sem consentimento seja algo ‘que acontece’. É uma forma de violência sexual que as mulheres sofrem diariamente, e que não podemos normalizar. É tarefa de toda a sociedade. Consentimento no centro. Só sim é sim” afirmou Irene.