Neymar e empregada doméstica — veja em que pé está a situação do processo contra o jogador

Brasileira de 35 anos alega ter trabalhado para o camisa 10 sem documentação, com carga horária excessiva e sem descanso ou férias remuneradas
2024-01-22 18:26:55

No final do ano passado, em novembro, uma brasileira de 35 anos denunciou Neymar Jr, jogador do Al-Hilal e seleção brasileira. A mulher, que tem quatro filhos, alega ter trabalhado de forma ilegal para o camisa 10.

A brasileira afirmou que não possuía os documentos necessários para trabalhar de forma regular na França. Na época, Neymar ainda atuava pelo Paris Saint-Germain. A mulher disse, ainda, que trabalhou na casa do jogador em regime de sete dias por semana por quase dois anos sem ser declarada por ele.

Empregada acusa Neymar após trabalhar ilegalmente

  • A acusação foi à tona após a publicação de uma reportagem feita pelo jornal francês Le Parisien, no dia 15 de novembro de 2023.
  • Na época, a mulher ameaçava levar o caso à Justiça.
  • A brasileira exigiu o pagamento de € 368 mil (cerca de R$ 1,9 milhão) como indenização.

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Qual a situação atual do processo contra o jogador?

Até o momento, não há nada definido no processo de acusação de trabalho ilegal na casa de Neymar Jr. A empregada brasileira pede indenização de 368 mil (aproximadamente R$ 1,9 milhão) ao jogador, que foi denunciado ao tribunal trabalhista de Saint-Germain-en-Laye, em Yvelines, na França.

Na época em que a acusação foi veiculada, a equipe de Neymar Jr disse desconhecer o assunto, e que o atacante não havia sido citado judicialmente até aquele momento

O que alega a brasileira? Relembre o caso

A publicação informou, na época, que a mulher vivia na França sem visto ou documentos para trabalhar. Além disso, a brasileira estaria trabalhando ilegalmente para Neymar em carga horária excessiva de sete dias por semana, no período entre janeiro de 2021 a outubro de 2022.

A brasileira teria dito, ainda, que os pagamentos eram feitos em espécie para evitar declarar a empregada ao sistema fiscal da França. De acordo com o veículo, a mulher não recebia hora extra, licença remunerada nem tinha acompanhamento médico.

Na época em que trabalhou para Neymar, a brasileira ficou grávida do quarto filho, e afirma ter sido obrigada a trabalhar até duas semanas antes de dar à luz. A mulher não retornou ao cargo e diz não ter recebido nenhum tipo de auxílio ou contato nem jogador ou de sua equipe.

“A secretária me chamou e falou assim: ‘aqui está seu pagamento, não precisa vir mais, resolva sua vida pessoal [a minha gestação]". Eles mandaram eu buscar o meu dinheiro com o segurança da entrada principal. [Fiquei] sem apoio nenhum. Nisso, tive até minha luz cortada por uma semana", relata a mulher em entrevista à Record, em dezembro de 2023.

Em 4 de fevereiro de 2019, a brasileira foi chamada para ser ajudante de cozinha por um homem chamado Mauro, que fazia parte da comitiva de Neymar, para a festa de 27 anos do jogador.

Mauro teria convocado a brasileira novamente em maio de 2020, “para trabalhar com maior regularidade para Neymar Júnior, sem atingir o período integral", conforme diz a nota da intimação enviada ao tribunal pela defesa da empregada.

A partir de janeiro de 2021, a brasileira teria passado a trabalhar regularmente para o jogador. Além dos afazeres domésticos, a mulher fazia as unhas da namorada de Neymar na época, Bruna Biancardi, mãe da segunda filha do jogador.

Em junho de 2023, os advogados da empregada brasileira enviaram uma carta registrada com aviso de recebimento para a casa do jogador, em tentativa de chegar a um acordo amigável com o atleta. No entanto, a carta ficou sem resposta.

Qual era a carga horária de trabalho da brasileira na casa do Neymar?

De acordo com a empregada, o horário de trabalho era de 9 horas diárias nos dias de semana, com mais 6 horas nas noites de sexta-feira e sábado. Aos domingos, a brasileira alega que trabalhava 7 horas por dia.

A carga horária que a mulher alega é superior a jornada de trabalho padrão de 40 horas semanais para domésticas. No caso da brasileira, ultrapassa mais de 20 horas do padrão.

Quanto a brasileira recebia?

Segundo o veículo, a mulher recebia € 15 líquidos por hora de trabalho, aproximadamente R$ 80, durante a semana, sem receber hora extra. Já nos finais de semana, o valor era o dobro, R$ 160 por hora. A brasileira afirma nunca ter tido acesso a recibos ou declarações de pagamentos.

A mulher disse, ainda, que anotava suas horas trabalhadas em um caderno escolar tabelado e que não teve descanso ou férias remuneradas.