“Com racismo teve jogo”, mesmo com frase impactante, Brasil x Guiné começa com ato racista

Antes mesmo do jogo começar, o amigo e assessor de Vinicius Junior, Felipe Silva, foi alvo de racismo de um segurança do Estádio Cornellà-El Prat
Publicado em 17/06/2023 às 20h20

No Estádio Cornellà-El Prat, envolto em uma atmosfera intensa contra o racismo, com uma camisa preta simbólica, Vinicius Junior vestindo a camisa 10 como símbolo da luta contra a discriminação, e o túnel do RCDE Stadium exibindo uma imagem impressionante de resistência, a expectativa era de que Brasil x Guiné fosse um jogo marcado pela solidariedade e pelo combate à injustiça racial.

No entanto, antes mesmo da bola rolar, um ato racista manchou esse momento. Felipe Silva, amigo e assessor de Vinicius Junior, foi alvo de racismo por parte de um segurança no Estádio Cornellà-El Prat, na Espanha, momentos antes do início da partida entre Brasil x Guiné.

Ao passar pela catraca, ele foi submetido a uma revista que ultrapassou os limites do respeito. O segurança retirou uma banana do bolso e proferiu palavras ofensivas:

“Mãos para cima, essa daqui é minha pistola para você”.

O que se sabe?

> Felipe Silva entrava no jogo normalmente quando foi abordado pelo segurança;

> Imediatamente chamaram a polícia e denunciaram o ato de racismo;

> O segurança tinha uma banana no bolso.

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Rompendo o silêncio: o ato de racismo que manchou o início do jogo

A indignação tomou conta de Felipe e de outros três membros da equipe de Vini Jr, que prontamente acionaram as autoridades policiais. A partir desse momento, uma confusão se desencadeou, revelando a gravidade e a presença do racismo no ambiente esportivo.

A reportagem do GE presenciou a presença da banana no bolso do segurança, corroborando a denúncia feita por Felipe. Uma funcionária tentou remover o homem do local, mas a equipe de Vini Jr não permitiu sua saída, reforçando a necessidade de responsabilização e de uma postura contundente diante desse episódio de discriminação.

Esse lamentável incidente reforça a triste realidade de que, mesmo em um ambiente marcado pela luta contra o racismo, ainda existem indivíduos que perpetuam o preconceito e a intolerância. É um lembrete doloroso de que a batalha pela igualdade não está vencida e que ainda há muito trabalho a ser feito.

No entanto, é importante destacar que a reação imediata e enérgica da equipe de Vini Jr, a denúncia à polícia e a exposição desse ato de racismo pela imprensa esportiva são passos significativos para combater essa chaga social.

É preciso expor e confrontar o racismo em todas as suas manifestações, não apenas para garantir a justiça nesse caso específico, mas também para criar um ambiente seguro e inclusivo para todos os jogadores, torcedores e profissionais envolvidos no esporte.

O episódio triste que antecedeu o jogo entre Brasil x Guiné é um lembrete duro de que a luta contra o racismo é contínua e exige o engajamento de todos. Que esse incidente sirva como um chamado para ações mais enérgicas e para a conscientização sobre a importância de erradicar o preconceito racial do esporte e da sociedade como um todo.

Somente assim poderemos garantir que, um dia, o verdadeiro significado de “com racismo não tem jogo” seja uma realidade inquestionável em todas as esferas da vida.