6 brasileiros naturalizados italianos que jogaram o derby Inter de Milão x Juventus

Italiano e brasileiros tem uma relação sanguínea muito forte por conta a imigração italiana, mas alguns atletas se naturalizaram independe disso
Publicado em 19/03/2023 às 06h52

Inter de Milão x Juventus fazem o Derby D’Italia neste domingo (19), às 16h45 (horário de Brasília), pela 27ª rodada do Campeonato Italiano 2022/23.

O encontro destas duas grandes equipes do futebol italiano já foi disputado 229 vezes e 46 brasileiros já tiveram a oportunidade de participar deste clássico nacional da Itália.

Destes atletas que disputaram o derby, alguns deles tiveram a chance de ganhar o passaporte italiano, ou seja, receberam a cidadania italiana.

Dessa forma, poderiam, inclusive, defender a seleção nacional. De fato, apenas 6 destes brasileiros se naturalizaram e jogaram pela Seleção Italiana. Assim, o clássico Inter de Milão x Juventus tem 6 brasileiros naturalizados italianos que atuaram no jogo. Veja quem são.

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Conheça os brasileiros naturalizados italianos que jogaram Inter de Milão x Juventus

José Altafini Mazzola

Campeão mundial com a Seleção Brasileira em 1958, Mazzola foi para o Milan no mesmo ano, clube por onde permaneceu por 7 anos. Como os jogadores que iam para o exterior não podiam jogar pela Seleção, Mazzola foi convidado a jogar pela Seleção Italiana, por onde disputou a Copa do Mundo de 1962.

Ainda foi um sucesso atuando pelo Napoli, onde ficou mais 7 anos e ficou mais 4 anos na Juventus, onde disputou o derby contra a Inter de Milão.

Ministrinho (Pedro Sernagiotto)

Começou sua carreira no Palmeiras e foi jogar na Juventus em 1931. Foi tricampeão italiano pelo clube onde jogou 60 jogos e fez 16 gols. Apesar de ter jogado pela Seleção Brasileira, tinha origem italiana e rapidamente ganhou a cidadania. Chegou a defender a Itália B em 22 de outubro de 1933, em um amistoso contra a Hungria que terminou 4 x 4.

Thiago Motta

Natural de São Bernardo do Campo, em São Paulo, e começou nas categorias de base do Juventus-SP. Quando atuava pelo clube da Mooca, foi chamado pela Seleção Brasileira Sub-17 em um torneio amistoso em Toulon, na França, onde chamou a atenção de olheiros do Barcelona, da Espanha.

Assim, se profissionalizou pelo clube espanhol. Chegou ao time principal e ficou 6 anos. Teve uma rápida passagem pelo Atlético de Madrid entre 2007 e 2008 e foi joga no Genoa. Em apenas uma temporada em solo italiano foi contratado pela Inter de Milão, onde ficou 3 anos e fez ótimas temporadas.

Foi durante o período de Internazionale que surgiu o convite para defender a Seleção Italiana. Ele já havia feito dois amistosos pelo Brasil em 2003 e, mesmo assim, a FIFA autorizou sua ida para a Azzurra. Assim, aceitou a cidadania e se tornou um ítalo-brasileiro. Defendeu a Itália de 2011 a 2018.

Amauri

Mais um atleta que não se profissionalizou no Brasil. Amauri começou sua carreira em 2000 no Napoli. Rodou por alguns clubes até ter sucesso no Palermo, que o levou a Juventus em 2008. Durante este período teve um empréstimo ao Parma, mas voltou a Juv e foi convocado para a Seleção Italiana.

Na época, muitos brasileiros queriam que o atleta fosse convocado pelo Brasil antes que os italianos conseguissem sua cidadania. Sua primeira convocação para a Seleção Brasileira aconteceu em 31 de janeiro de 2009, após muita expectativa, justamente para o amistoso contra a Itália, entrando na vaga de Luís Fabiano, cortado por lesão.

Apesar disso, a Juventus vetou sua ida para a seleção, pois sua convocação foi após o prazo limite determinado pela FIFA. Então, recebeu a cidadania em 12 de abril de 2010, mas acabou não indo a Copa do Mundo pelo pouco tempo para a realização da competição.

Posteriormente, atravessou uma má fase, juntamente com toda a equipe da Juventus. Após a Copa, recebeu sua primeira convocação para defender a Itália, mas foi a única vez que atuou pela equipe nacional.

Éder

Começou no Criciúma, clube de Santa Catarina, do qual voltou a atuar em 2023. De lá foi para o Empoli, na Itália, passou por outras equipe menores até fazer ótimas temporadas pela Sampdoria. Assim, pelo clube foi convocado para defender a Seleção Italiana e acabou contratado pela Inter de Milão, onde ficou mais duas temporadas.

Estreou pela Itália em 28 de março de 2015,contra a Bulgária, marcando um dos gols do empate em 2 x 2. Ademais, foi convocado por Antonio Conte para a disputa da UEFA Euro 2016. Foram 6 gols em sua passagem pela Nazionale, sendo o mais importante deles o marcado na vitória sobre a Suécia, que garantiu a passagem da Seleção Italiana para as oitavas da Euro.

Rômulo Caldeira

Por fim, Rômulo começou no Juventude e passou por diversas equipes do Brasil antes de ira para a Itália, como Chapecoense, Santo André, Cruzeiro e Athletico Paranaense. Chegou à Fiorentina em 2011, onde ficou duas temporadas e foi para o Hellas Verona para ter mais oportunidades.

Seu bom desempenho o levou para a Juventus por empréstimo, em 2014/15, mas foram poucos jogos e não convenceu, mas disputou um Inter de Milão x Juventus. Passou por Genoa, LazioBrescia ainda na Itália antes de voltar ao Brasil para defender o Cruzeiro em 2021 e 2022.

De 14 a 15 de abril de 2014 foi convocado pelo técnico da Seleção Italiana Cesare Prandelli para uma prova de avaliação funcional tendo em vista a Copa do Mundo de 2014. Em 13 de maio de 2014 foi incluído na lista dos 30 jogadores pré-convocados.

No entanto, embora posteriormente também tenha sido incluído na lista dos 23 jogadores disponíveis para o Mundial, a 2 de junho recusou a convocação, declarando que não estava a 100% fisicamente e preferindo ceder o seu lugar a quem estivesse em melhor forma do que ele.