Mario Ferri, italiano de 35 anos, invadiu o campo do Estádio Lusail nesta segunda-feira (28), durante a partida entre Portugal e Uruguai. Ele entrou no gramado vestindo uma camiseta com as frases "salvem a Ucrânia" na frente e "respeito às mulheres iranianas" nas costas.
O invasor, que também segurava uma bandeira com as cores do arco-íris para apoiar a causa LGBTQIA+, foi contido rapidamente por seguranças. Depois de liberado, Ferri se manifestou em suas redes sociais: “Quebrar as regras por uma boa causa nunca é crime. O mundo deve mudar. Podemos fazer isso juntos com fortes gestos que vêm do coração. Com coragem. Queremos um mundo livre que respeite todas as raças e ideias […] Obrigado por todas as mensagens de amor vindas do mundo", escreveu ele.
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Banido da Copa
Esta não foi a primeira vez que Ferri invadiu o campo durante uma partida de futebol. O caso desta segunda-feira foi a 11a vez que o italiano entrou em campo para protestar, sendo a terceira em uma Copa do Mundo. A primeira vez foi na Copa do Brasil de 2014, nas oitavas de final entre Bélgica e Estados Unidos.
Em entrevista ao portal GE, Ferri disse que foi bem tratado pela polícia no Qatar e que encontrou Gianni Infantino, presidente da Fifa, logo após ser liberado.
"Escolhi o melhor cenário para mandar as mensagens. Quando me prenderam, o Infantino desceu e perguntou “Por quê? Por quê? Por quê?". Ele se lembrava das outras (invasões em) Copas. Eu disse: porque jogamos polícia e ladrão. Eu contra 5 mil", disse ele.
Ferri foi banido de assistir a qualquer outro jogo desta Copa do Mundo. Seu Hayya Card, uma autorização que os torcedores da Copa possuem, foi cancelada e ele não poderá entrar em mais nenhum estádio da competição.
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