Para os mais novos, talvez o nome seja indiferente, mas a família Thuram terá a chance de ter uma campeão do mundo novamente, depois de 22 anos desde a primeira conquista mundial da França, que foi em 1998 ao vencer o Brasil na final por 3 a 0, no Stade de France.
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Atacante do Borussia Mönchengladbach, Marcus Thuram é filho de Lilian Thuram, um dos maiores defensores da França, que, além de ter sido uma das figuras em campo na Copa da França (atuou como lateral), fez história como zagueiro na Juventus e no Barcelona.
Se o pai destruía jogadas, o filho faz o oposto: com 13 gols e quatro assistências em 17 jogos disputados antes da parada da temporada do futebol europeu para a Copa no Qatar. O desempenho lhe fez garantir uma vaga de última hora, sendo o 26° da lista de Didier Deschamps, técnico da França. Vale lembrar que, desde a Euro de 2021, o atacante não era convocado.
Estrelas como Mbappé, Benzema e Giroud deixam a vida dura para concorrência que sonha em defender a seleção de seu país, mas uma oportunidade se abriu para Thuram, e ele tem aproveitado, inclusive entrando em alguns jogos, como na semifinal diante do Marrocos, quando iniciou a jogada que resultou no segundo gol francês.
Para além do campo
Aos 25 anos, o atleta mostra amadurecimento dentro e fora de campo ao se preocupar com causas raciais e sociais. Assim como o pai, que se tornou uma referência na luta contra o racismo no âmbito do esporte, o filho não se exime de se posicionar.
Em 2020, foi um dos primeiros jogadores a se ajoelhar após marcar um gol pela Budesliga em protesto ao assassianto do americano George Floyd, preto que foi morto pela violência policial dos EUA.
“É claro que, por ser um jovem jogador negro, isso (o racismo) me preocupa. É necessário lutar, e tenho muito orgulho do que meu pai fez para evoluir as coisas. Não fui vítima pessoalmente do racismo no futebol, mas somos testemunhas pelas redes sociais e quando vemos jogos na tv”, disse Thuram, à época, em entrevista à AFP.