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Depois de 36 anos de espera, Argentina derrota França nos pênaltis e é tricampeã do mundo

Após empate por 3 a 3 na prorrogação, os argentinos foram melhores na disputa por pênaltis e se sagraram campeões da Copa no Qatar
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Publicado em 18/12/2022 às 17h55

A argentina é tricampeã! Depois de 36 anos, o mundo é dela. Após empate por 2 a 2 no tempo regulamentar e 3 a 3 na prorrogação, enfim Messi, autor de dois gols na partida, pôde gritar que é campeão do mundo. Agora, os argentinos são tricampeões da Copa do Mundo.

O jogo

Como não poderia deixar de ser, o jogo começou pegado, com as equipes fazendo muitas faltas, para não conceder espaços ou chances de iniciar as jogadas. Assim foram os primeiros minutos. Apesar disso, a Argentina tinha mais a bola. E foi dela o primeiro chute a gol, de fora da área, dado por Mac Allister, aos 4 minutos. Lloris defendeu sem problemas.

Aos 7, De Paul recebeu na entrada da área, ele chutou, mas a bola foi desviada pela zaga francesa. Aos poucos, os sul-americanos ensaiavam um domínio da partida, ao passo que os europeus não ocupavam o campo de ataque.

Somente aos 13 a França deu a primeira investida no ataque. Pela esquerda, a equipe tentou acionar Mbappé, mas sem sucesso. Mas em seguida a Argentina novamente finalizou, mas para fora com Di Maria.

Aos 21, pênalti em cima de Di Maria, cometido por Dembélé. Messi cobrou e marcou para a Argentina, convertendo em vantagem o domínio que exercia contra uma França que ainda não havia chutado a gol.

Aos 27, Messi teve um choque com Theo Hernández, mas foi apenas um susto. O jogo continuava muito faltoso, com falta para ambos os lados do campo. Mesmo com 1 a 0, os “Hermanos” permaneciam no ataque, com a posse de bola sem deixar os franceses jogar.

Aos 35, mais um da Argentina, dessa vez de Di Maria, em uma bela jogada de contra-ataque, tocada de pé em pé. A Argentina mandava no jogo de maneira que nem o mais otimista esperava. Por conta disso, Didier Deschamps surpreendeu e substituiu Giroud e Dembélé aos 39 minutos. Entraram Marcus Thuram e Kolo Muani, respectivamente.

Depois de 7 minutos de acréscimos, a França não chutou a gol e a Argentina ia para o intervalo com tranquilidade e uma boa vantagem no placar.

Volta do intervalo

A França voltou buscando atacar mais, porém a Argentina seguia perigosa e foi dela a primeira finalização a gol, aos 49 minutos, com arremate de De Paul, que o goleiro francês defendeu sem dificuldades.

Com a cabeça quente por causa de não conseguir “entrar no jogo”, Rabiot deu uma tesoura em De Paul e acabou recebendo cartão amarelo. Aos 61 minutos de jogo, a França seguia sem dar um chute a gol.

Aos 63, Di Maria, que era dúvida, foi substituído bastante aplaudido. No lugar dele, entrou Acuña. E só aos 67 veio a primeira finalização da França na partida. Muani cabeceou para fora em cobrança de escanteio. Já Mbappé, outro sumido em campo, só deu o primeiro chute aos 70 minutos, também para fora do gol.

Sem achar soluções, Deschamps fez mais alterações na tentativa que a França reagisse. Saíram Theo Hernández e Griezmann e entraram Camavinga e Coman,

Aos 78, Otamendi cometeu pênalti em Muani. Mbappé bateu no canto esquerdo do goleiro para diminuir o prejuízo. O camisa 10 francês se igualou em gols a Messi. Aos 80, o improvável aconteceu. Mbappé recebeu passe e bateu de primeira, para empatar o jogo. Agora, isolado na artilharia.

Nos minutos finais de jogo, os torcedores da França, incluindo o presidente francês, se animaram, ao passo que a tensão tomou conta dos argentinos, embora alguns tentassem cantar para dar ânimo. O juiz deu 8 minutos de acréscimos. E foram os franceses quem ameaçaram a meta.

Já no derradeiro minuto de jogo, Messe recebeu e de fora da área chutou para defesa de Lloris, que espalmou para escanteio. E o jogo foi para prorrogação.

 

Início da prorrogação

As equipes começaram a prorrogação sem alterações. Ao contrário do que foi quase todo o jogo, a França buscava dominar as ações, em vez de só aguardar a equipe argentina. Porém, bastaram 5 minutos de tempo extra para que Deschamps mexesse. Saiu Rabiot e entrou Fofana.

A França se mostrava mais forte fisicamente. A Argentina tinha dificuldades para construir jogadas de ataque, ao passo que o adversário buscava maneiras de atacar. Só aos 104 minutos a Argentina chegou com perigo, Em chute de Lautaro Martinez, que havia substituído Álvarez, a zaga bloqueou. O atacante ainda teve outra chance de frente para o gol, mas foi interceptado. E assim acabou o primeiro tempo da prorrogação.

Aos 109 minutos, veio o alívio argentino. Gol de Messi. Um gol chorado, em que a bola ultrapassou a linha, mas não balançou as redes. De quebra, o camisa 10 empata na artilharia com Mbappé. Jogadores da argentina se emocionaram no banco, como Di Maria.

ANNE-CHRISTINE POUJOULAT/AFP via Getty Images

Aos 117, porém, Mbappé empatou de novo. Após pênalti por mão na bola de Montiel, o craque francês deslocou o goleiro para deixar tudo igual.

JEWEL SAMAD/AFP via Getty Images

Ambas as equipes ainda tiveram chance marcar o quarto gol já nos acréscimos da prorrogação, sobretudo a França que nos pés de Muani, que de frente para gol, parou nos pés do goleiro Martinez. Mas a decisão foi para os pênaltis.

Campeão nos pênaltis

Mbappé e Messi deram início às cobranças de pênaltis. Ambos fizeram, Na sequência, Coman errou para França. A Argentina marcou com Dybla, Paredes e Montiel, enquanto a França errou com Tchouamèni. A Argentina, enfim, pôde soltar o grito de campeã do mundo.

 

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Graduado em jornalismo pelo Centro Universitário Estácio de Brasília, onde participou da criação da Agência de Comunicação Nucom. No Metrópoles, passou pelo...