A Copa do Mundo da FIFA no Catar continua sendo dramática dentro e fora do campo. Na última sexta-feira (2), Suíça e Sérvia se enfrentaram e outra rodada de polêmicas políticas dominou o jogo. Agora, o capitão da Suíça, Granit Xhaka, está no centro de uma investigação da FIFA por suas ações durante a partida que classificou a sua seleção para as oitavas de final.
Por volta de uma hora de jogo, com o placar marcando 3 a 2 a favor da Suíça, o jogador do Arsenal decidiu provocar o banco de reservas da Sérvia, agarrando sua virilha enquanto olhava na direção dos jogadores rivais, em especial na direção do goleiro substituto Predrag Rajkovic, cuja vida pessoal tem sido objeto de especulação esta semana.
O gesto feito meio à uma confusão perto da linha lateral do campo, provocou a fúria do elenco sérvio e vários jogadores correram para o campo para enfrentar Xhaka. O árbitro prontamente interveio e conseguiu separar os jogadores. Xhaka, no processo, recebeu o cartão amarelo.
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Mensagem Política?
No entanto, a polémica não acabou por aí, pois após o apito final, o capitão suíço foi visto com uma camisa com o nome “Jashari” escrito nas costas.
Questionado sobre o que isso significava, o meio-campista do Arsenal afirmou que era uma homenagem ao também jogador suíço Ardon Jashari.
Depois da vitória contra a Sérvia, um dos principais personagens em campo, o suíço Granit Xhaka, descendente de albaneses kosovares, pegou a camisa de um colega, Ardon Jashari, e a vestiu ao contrário.
Jashari também é o sobrenome do fundador do Exército de Libertação do Kosovo. pic.twitter.com/SwWsCApAoG
— Copa Além da Copa (@copaalemdacopa) December 3, 2022
No entanto, o nome carrega outros significados: Adem Jashari, o falecido fundador do Exército de Libertação do Kosovo, um grupo separatista albanês do Kosovo que lutou pela independência da ex-Iugoslávia.
Xhaka é descendente de etnia albanesa ligada ao Kosovo, que declarou independência em 2008, mas não foi reconhecido pela Sérvia. Seu pai inclusive esteve envolvido em protestos pró-libertação de Kosovo e foi preso por seis anos por participar das manifestações do então governo iugoslavo.
Quando perguntado se a camisa tinha alguma mensagem política, Xhaka disse:
“Não há nenhum pano de fundo político para isso. Ardon faz parte do nosso plantel e passamos muito tempo juntos. Disse-lhe que se ganhássemos vestiria a camisa dele”.
22 de junho de 2018. Pela Copa do Mundo da Rússia, Sérvia e Suíça se enfrentaram em Kaliningrado.
Granit Xhaka e Xherdan Shaqiri marcaram os gols da virada suíça e comemoraram fazendo o símbolo da águia de duas cabeças com as mãos.
Uma enorme provocação aos sérvios. pic.twitter.com/AGfGQS8HHG
— Copa Além da Copa (@copaalemdacopa) December 2, 2022
Não é a primeira vez que Xhaka se envolve em polêmica contra a Sérvia. Na Copa do Mundo de 2018 na Rússia, ele e Xherdan Shaqiri foram multados depois de comemorar um gol usando as mãos para imitar a águia exibida na bandeira da Albânia, na vitória por 2 a 1 da Suíça.