A Inglaterra empatou em 0 a 0 com os Estados Unidos pela segunda rodada da Copa do Mundo do Qatar nesta sexta-feira (25). Antes da partida, ao entrar no estádio Al Bayt, em Al Khor, a jornalista Natalie Pirks, da BBC, relatou que seu cinegrafista foi barrado por estar usando um relógio com uma pulseira com as cores do arco-íris e um visor colorido.
Em suas redes sociais, Natalie escreveu: “Chegamos ao jogo da Inglaterra e meu cinegrafista, usando a pulseira arco-íris que seu filho deu, foi parado pela segurança e impedido de entrar. Claramente a mensagem da Fifa ainda não está sendo transmitida”.
Just arrived at the Al Bayt stadium for England’s game and my cameraman, wearing the rainbow coloured watch strap his son got him, was stopped by security and refused entry. Clearly the message from FIFA is STILL not getting through. pic.twitter.com/BiBkV8fRgq
— Natalie Pirks (@Natpirks) November 25, 2022
Aproximadamente dois minutos depois, a jornalista fez nova publicação contando que ela e seu cinagrafista conseguiram entrar no estádio: “Estamos dentro. Como crédito, os cataris criaram uma linha direta para equipes com problemas, o que eventualmente nos ajudou a passar pela segurança”.
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Combate do Qatar à bandeira arco-íris
O caso da equipe da BBC não foi o primeiro em que peças com as cores do arco-íris causaram problemas na Copa do Mundo do Qatar. No jogo entre Estados Unidos e País de Gales, na última segunda-feira (21), o jornalista americano Grant Wahl foi detido durante cerca de meia hora por estar usando uma camisa que apoiava a causa LGBTQIA+.
Na mesma partida, Laura McAllister, ex-jogadora galesa, também foi barrada por estar com um chapéu com as cores do arco-íris. No confronto entre Argentina e Arábia Saudita, na terça-feira (22), o jornalista brasileiro Victor Pereira foi abordado por seguranças por estar com a bandeira de Pernambuco, que foi confundida com uma bandeira de apoio à comunidade LGBTQIA+.
O Código Penal do Qatar proíbe a homoafetividade e o país sede da Copa do Mundo deste ano já foi criticado por seu histórico de problemas relacionados aos direitos humanos. A Fifa, entretanto, tem evitado se posicionar sobre a questão.