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Capitão dinamarquês critica decisão da FIFA sobre braçadeira ‘One Love’

O acessório tem as cores do arco-íris, em protesto contra as leis anti-LGBTQIA+ do Qatar
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Publicado em 22/11/2022 às 21h10

 

Simon Kjær, zagueiro da Dinamarca, se manifestou sobre uma das polêmicas presentes na Copa do Mundo do Qatar: o preconceito em relação às pessoas LGBTQIA+. O desabafo do jogador aconteceu após o empate em 0 a 0 com a Tunísia, nesta terça-feira (22). Ao mencionar a proibição da FIFA para que os atletas não usem a braçadeira especial em apoio à comunidade LGBT. Ao se posicionar, o capitão da seleção dinamarquesa também fez um protesto contra as leis do Qatar.

“Acho ridículo que não possamos fazer isso. Não consigo entender como você pode chegar a um ponto em que corre o risco de receber um cartão amarelo por ultrapassar a linha. Então começa a ir além do esportivo. E sempre dissemos que não vamos fazer concessões no lado esportivo”, afirmou o zagueiro.

 

Braçadeira One Love

One Love/Reprodução

 

A decisão controversa da FIFA ameaça punir jogadores que entrassem em campo com a braçadeira “One Love”. O acessório traz as cores do arco-íris, um símbolo LGBT. Conforme a norma da federação, o atleta que desobedecer, poderá receber cartão amarelo. Para não correr riscos, Kjær usou uma braçadeira aprovada pela FIFA.

“Posso entender se algumas pessoas dizem: leve o cartão amarelo. Mas e se depois de cinco minutos surgir uma situação em que recebo um cartão amarelo aleatório e, portanto, um cartão vermelho e coloco todo o time e a Dinamarca nessa situação? Você não pode jogar assim. Acha que devo entrar em campo com um cartão amarelo e arriscar receber um cartão vermelho aos cinco minutos de uma Copa do e, assim, deixar o futebol de lado?”, questionou.

O zagueiro ainda falou sobre acusações de falta de coragem dos jogadores que optaram não contrariar a FIFA. Kjær disse que as críticas devem ser endereçadas à instituição máxima do futebol e não aos atletas.

 

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“É na FIFA que você tem que atirar. Como você pode ameaçar uma consequência esportiva para uma braçadeira com a qual jogamos antes? É aí que está o problema. Não se trata de arriscar receber ou não um cartão amarelo. É ridículo termos que ficar de pé e falar sobre isso. Não há dúvidas sobre nossa posição como equipe e minha posição. Mas não vou abrir mão dos esportes. Isto é o que eu faço. Jogo futebol. É nisso que estou me concentrando” afirmou o dinamarquês.

O próximo compromisso da Dinamarca será no sábado (26), contra a França. O jogo, válido pela segunda rodada do Grupo D, começa às 13h (horário de Brasília). Dinamarqueses e tunisianos dividem a segunda posição da chave.

Jornalista por formação, apaixonada por esportes, música e cultura. Entusiasta do futebol feminino, defende que lugar de mulher é onde ela quiser. Concluiu a...