Nessa semana, fãs do futebol brasileiro testemunharam uma discussão entre a jornalista e escritora Milly Lacombe e o ex-jogador e atual comentarista do Grupo Globo. A treta entre ambos abriu espaço para um debate interessante no mundo do esporte: a masculinidade tóxica.
Tudo começou na segunda-feira (2), com a publicação do artigo “Escolha de melhores e piores é retrato da masculinidade tóxica no futebol”, assinado por Lacombe, em sua coluna no portal Uol. No texto, a jornalista repercute o ranking dos melhores comentaristas de 2022. Pedrinho foi eleito o melhor, enquanto Casagrande e Ana Thais, os piores.
A escolha é feita por jogadores do Brasileirão. Segundo Milly, o resultado da eleição reflete o comportamento (geralmente designado ao gênero masculino) capaz de causar mal-estar e prejuízo tanto para a sociedade quanto para o próprio homem.
Incomodado com a argumentação da colunista, Pedrinho foi para as redes sociais para criticar a opinião da jornalista. Em um vídeo de sete minutos, o comentarista da SporTV afirmou que Lacombe “prega muitas coisas, mas faz tudo diferente”.
O ex-jogador disse “você foi preconceituosa, me rotulando de macho-alfa, macho dominante, termos que eu nem conheço. Não sei nem o que você está falando, minha filha”.
Após a repercussão do vídeo de Pedrinho, a colunista do Uol voltou a usar seu espaço no site, na quarta (4), para rebater as críticas do atleta. No texto “Pedrinho, volta aqui: você não entendeu o que escrevi”. A autora confessa que a resposta do ex-jogador a deixou triste e lisonjeada.
Sobre o vídeo que o Pedrinho fez para me responder:
1 Nem eu me dou tanta importância assim
2 Ele não leu ou leu e não entendeu o texto
3 Os argumentos que ele usa para comentar o texto reforçam lindamente o que escrevi
4 Ele não precisaria se defender de nada: o texto o elogia— Milly Lacombe (@millylacombe) January 4, 2023
“Como fã do atleta que vi jogar muitas vezes, fiquei triste por perceber que ele não havia entendido tudo o que pontuei no texto. Mas também fiquei um pouco lisonjeada porque não é todo dia que alguém como ele percebe nossa existência. Não era para tanto, pensei”.
Postos os argumentos dos envolvidos, resta saber se a treta entre Pedrinho e Milly Lacombe terá um novo capítulo. Enquanto isso, o episódio gerou boas discussões nas redes sociais e jogou luz sobre um assunto necessário e ainda pouco debatido. Vale a reflexão.
Ele não entendeu NADA do texto. E meio que entrega isso.
Ele não merece mas fiquei com um pouco de pena, achei bastante bizarro.
— Gabriel (@_bielz) January 4, 2023
O texto da Milly é mt bom, mt bom mesmo. Tem uma reflexão bem interessante sem ser acadêmico.
O foto de Casagrande e Ana Thais serem considerados os piores comentaristas de futebol fala sim sobre homoafetividade e homens que odeiam qm foge desse padrãohttps://t.co/rVC6l5RJy2
— Camilla Freitas (@caafreitass) January 4, 2023
Vocês lembram que ontem muitos ficaram dodóis por debatermos masculinidade tóxica no futebol? Pois bem, tivemos essa pergunta horrorosa e machista em uma coletiva. https://t.co/33J7tC2UmL
— Mãe da Luna (@milaalves) January 5, 2023
esse texto aí sobre ~masculinidade tóxica~ no futebol que cês tão falando me lembrou isto aqui. 🤭 pic.twitter.com/sQTRgopVSW
— lygia maria (@lygia_maria) January 4, 2023
Fui ler Milly e a crítica não é ao Pedrinho (ela o elogia!), mas a quem vê nele o "macho alfa": os jogadores que o elegeram melhor comentarista.
Antes vi o vídeo do Pedrinho e pensei: "Por que Milly acabaria com ele por causa de um bíceps? Era só ter publicado esta foto" pic.twitter.com/p9BhpLi8ap
— Paulo Pacheco (@ppacheco1) January 4, 2023
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