O Fluminense coroou a boa campanha no Brasileirão 2022 vencendo o Bragantino, na última rodada da competição, no último domingo. Com 70 pontos, o Tricolor fechou na 3ª posição e garantiu vaga direta na fase de grupos da Libertadores de 2023.
Um símbolo marcou o time no torneio: o técnico Fernando Diniz. Em sua segunda passagem pelo Flu, chegou sob dúvidas da própria torcida, após seus últimos trabalhos questionáveis em São Paulo, Santos e Vasco da Gama.
VEJA TAMBÉM:
++ Cano “entrega” saída de companheiro de ataque no Fluminense
++ Felipe Melo garante que fica no Fluminense, mas Wellington anuncia saída
++ Classificado para a Libertadores, Nino fala sobre planos do Fluminense para 2023
Mas ele conseguiu praticar seu estilo próprio de jogo, com toque e controle da posse de bola, sem chutões. Seus atletas passaram a a ter pelo menos três opções de passe e trabalham os passes curtos como uma “roda de bobinho”. Antes desacreditado, o meio-campo Paulo Henrique Ganso passou a ter destaque no esquema, contribuindo com na construção de jogadas e levando a gols em profusão do argentino Germán Cano, que terminou o Brasileirão com 26 gols e artilheiro.
O Fluminense postou-se de forma mais compactado, todo o Campeonato, levando os adversários a correrem mais atrás da bola. Outra marca de Diniz foi a ofensividade, exemplificado nos 63 gols do Tricolor no torneio, o segundo melhor ataque, atrás apenas do Palmeiras, com 66 tentos.
Volta por cima
Fernando Diniz retorna a um bom trabalho. O primeiro foi no Audax Osasco, em 2016, quando foi vice-campeão paulista, nos mesmos moldes de posse e trabalho coletivo de jogadas.
Entretanto, seu esquema foi posto em xeque, principalmente, depois de resultados ruins em outras equipes. Via-se uma superioridade técnica, mas com fragilidade na sua defesa. Neste Flu, o experiente Fábio e os zagueiros Nino e Manoel conseguiram dar uma solidez defensiva ao seu jogo.
“Acho que é possível (conquistar títulos importantes). Só que a gente que está dentro, nós não somos torcida ou comentarista. Temos que ter um dado de realidade e procurar superar as dificuldades que o Fluminense enfrenta. Acho que o time terminou bem“, torce Diniz, diante dos problemas encarados no clube.
Psicológico
Outro aspecto analisado como positivo foi o psicológico dos seus jogadores. Era comum ver elogios na forma como Fernando Diniz conseguia extrair o melhor de cada um.
O espírito de luta dos seus comandados foram empregados na filosofia de jogo do treinador.
“É possível conquistar e é obrigatório sonhar com as coisas. Temos que sonhar como o torcedor sonha, mas temos que trabalhar e superar as realidades. Quem tem que fazer isso é quem trabalha no clube: jogador, comissão técnica e demais funcionários“, aponta o profissional.
A última coletiva do Diniz na temporada! Assista na #FluTV >> https://t.co/DTNiotTiB1 pic.twitter.com/B16xv5dg9L
— Fluminense F.C. (@FluminenseFC) November 13, 2022
Números
O técnico de 48 anos chegou no Fluminense no final de abril, substituindo Abel Braga. O clube era o 13º no Brasileirão, à época. Terminou com 63 gols feitos, 41 sofridos, saldo 22 positivos.
Ao final do ano, foram 44 partidas, 26 vitórias, nove derrotas e nove empates, somando Copa do Brasil, onde foi semifinalista, e Copa Sul-Americana, que saiu na 1ª fase.